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Caspar David Friedrich

A Redescoberta

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F. Andres Kilger
As montanhas gigantes | 1830-1835, Óleo sobre tela (72x102 cm)
Para marcar o 250.º aniversário do nascimento de Caspar David Friedrich (1774-1840), a Nationalgalerie do Staatliche Museen zu Berlin, em colaboração com o Museu de Viena, vai ter patente a exposição A Redescoberta, entre 19 de abril e 4 de agosto de 2024, na cidade de Berlim. Trata-se de uma exposição abrangente, dedicada a obras de um dos pintores mais renomados do Romantismo alemão. São cerca de 60 pinturas e 50 desenhos da Alemanha, incluindo obras icónicas, reconhecidas mundialmente. A Nationalgalerie alberga uma das maiores coleções de pinturas de Friedrich, numa mostra em que o tema central é o papel que o museu desenvolveu na redescoberta da arte do pintor no início do século XX.
O artista desapareceu durante a segunda metade do século XIX. Em 1906, a Nationalgalerie prestou-lhe uma homenagem, que incluiu 93 pinturas e desenhos da sua autoria. Friedrich captava a luz e o ambiente e foi um pioneiro da arte moderna. Em exposição estarão presentes diferentes perspetivas, a técnica de pintura e o conceito de mudança. Monge à Beira-mar e Abadia em uma Floresta de Carvalhos são dois exemplos de obras que exemplificam o caráter único da coleção da Nationalgalerie, cujas obras foram adquiridas pelo príncipe Friedrich Wilhelm Ludwig da Prússia.

A exposição A Redescoberta estará patente, entre 19 de abril e 4 de agosto de 2024, na cidade de Berlim
F. Jörg P. Anders
Nascer da lua no mar | 1822, Óleo sobre tela (55x71cm)
O pintor Friedrich nasceu a 5 de setembro de 1774, em Greidswald, na Alemanha. Tinha nove irmãos. Perdeu a mãe, Sophie Dorothea Bechly, aos 7 anos. E, mais tarde, perdeu também duas irmãs. Um outro marco na sua vida foi quando faleceu o seu irmão Johann, após resgatar Caspar, aos 13 anos, que caíra no gelo.
Em 1790, começa a ter aulas de desenho. Com 20 anos, inscreve-se na Academia de Copenhague. Ao longo da vida, sempre demostrou interesse pela natureza e paisagem. Desenvolveu a poesia espiritual e mística (usava a paisagem para evocar sentimentos religiosos). Tornou-se, assim, um dos grandes nomes do Romantismo alemão. 
Em 1798, termina os estudos e muda-se para Dresden. A partir daqui as suas pinturas ganham maior expressão. Quando se dá o período do Império Napoleônico, o artista interpreta nas suas pinturas muito do contexto político e cultural do país. Já em 1816, torna-se líder do movimento do Romantismo na Alemanha, altura em que é eleito para a Academia de Arte de Dresden. Casou, em 1818, com Caroline Bommer, com quem teve três filhos. E, desde então, retratou em várias das suas obras a sua esposa.  
F. Andres Kilger
Monge à beira-mar | 1808-1810, Óleo sobre tela (110x171,5cm)
Dois anos depois, o amigo e artista Gerhard von Kügelgen é assassinado e Friedrich passa por uma depressão. Foi no ensino que encontrou forças e consolo, vivendo uns anos distante da esfera artística. Até 1826. Contudo, desde 1830, o artista passou a viver uma vida mais solitária. Resguardou-se no seu mundo, no seu atelier. Convivia apenas com amigos. Em tudo o que criava retratava a morte e a passagem do tempo. É nesta fase que cria a conhecida obra As Fases da Vida. Em 1835, sofre um derrame, o que o limita na produção artística. E, após o segundo derrame, falece a 7 de maio de 1840, na cidade onde passou parte da sua vida, Dresden.
O seu corpo findou, mas a obra prevaleceu. As suas obras inspiraram outros artistas e são, hoje, ícones culturais. A sua história marcou, para sempre, a arte moderna. 
F. Jörg P. Anders
A árvore solitária | 1822, Óleo sobre tela (55x71cm)
Maria Cruz
T. Maria Cruz
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