Exposição Internacional de Grandes Mestres

Obras de Pablo Picasso, Salvador Dali, Roberto Chichorro e Andy Wharol são algumas das surpresas que o Mosteiro de Santo André de Ancede lhe reserva. Depois de um projeto de reabilitação, assinado por Álvaro Siza Vieira, o convento abre as portas a uma icónica exposição, que reúne os melhores artistas da história da arte. De terça a domingo, das 10h00 às 18h00, a Exposição Internacional de Grandes Mestres está aberta ao público de forma gratuita. Conheça todos os pormenores, com a V&G.

Grandes Mestres junta os maiores vultos da arte contemporânea

Grandes Mestres é o nome da exposição internacional que assinala a reabertura do Mosteiro de Santo André de Ancede, em Baião. Com um investimento de 3,4 milhões de euros, o projeto de restauração do convento decorreu ao longo de 15 meses, durante os quais Álvaro Siza Vieira, o autor do projeto, quis preservar as marcas da passagem do tempo. A abertura do mosteiro, a 15 de outubro, ficou assinalada pela presença de Ana Abrunhosa, a Ministra da Coesão Territorial e, com um máximo de 20 pessoas por grupo e visitas feitas por marcação, assim se realizou o primeiro dia da exposição. De notar que o Centro Cultural pertence à Câmara Municipal de Baião desde 1985, mas outrora teve outras funcionalidades. Da sua origem só se sabe que remonta aos tempos que antecedem à fundação de Portugal e, portanto, nada melhor do que um local histórico para servir de palco a uma exposição sem precedentes.

Inusitada e rara são os adjetivos que melhor qualificam a experiência da Exposição Internacional Grandes Mestres, constituída por mais de meia centena de obras de arte que se destinam a qualquer gosto, graças à diversidade oferecida. O Presidente da Câmara Municipal de Baião, Paulo Pereira, explica que a exposição marca a inauguração de uma nova arquitetura, mas também de uma nova visão, garantindo ser uma oportunidade para a comunidade estabelecer relações mais profundas com a arte. Inegável será afirmar que a exposição contribuirá para um destaque vincado de Baião no panorama cultural e histórico do país. 
Expostas estão obras pertencentes às coleções privadas de mais de 20 colaboradores, tanto internacionais como nacionais. O caráter único da exposição reside no facto de algumas obras estarem a ser exibidas pela primeira vez ao público. Trata-se de uma experiência a não perder, que inclui trabalhos que, normalmente, residem em espaços privados, inclusive, de proprietários que optam pelo anonimato.

Não existe passado ou presente, apenas obras intemporais

A curadoria da exposição é de Cabral Pinto, o design gráfico de Paulo Passos; a arquitetura e design expositivos, da Glorybox; e a organização, a cargo de Tiago Feijó. Destinada a públicos exigentes, Grandes Mestres junta os maiores vultos da arte contemporânea, estimulando, consequentemente, o crescimento socioeconómico da região, com o seu caráter exclusivo. Revela, na verdade, uma descentralização na oferta cultural, sobressaindo-se também por se desviar dos circuitos convencionais.
Para contemplar, há arte plástica com muita história. Picasso remonta às manifestações desconcertantes, numa altura em que o cubismo dominava. Delaunay está presente com o abstracionismo, marcado pela utilização ousada da cor e um jogo entre tons e profundidade. No surrealismo, aparece Dali, com as suas combinações peculiares e oníricas. Uma série de obras da artista Paula Rego marca, inclusive, presença no Centro Cultural de Baião, assim como muitos outros trabalhos de personalidades icónicas, cujos nomes dispensam grandes apresentações.
Por tudo isto, não deixe de visitar a Exposição Internacional de Grandes Mestres, um universo onde não existe passado ou presente, apenas obras intemporais.