Montesinho
Tipicamente
transmontana
Localizada no Parque Natural de Montesinho, Montesinho é uma das mais belas aldeias tipicamente transmontanas do concelho de Bragança. As casas em granito encimadas por telhados de lousa e com varandas em madeira enfeitadas de flores são, talvez, a imagem de marca deste povoado de ruas estreitas. O Passeio Pedestre de Montesinho – um trilho com dez quilómetros que contempla, também, as aldeias de França e Portelo – é uma das atividades propostas, que pode ser colmatada com um repasto de cabrito de Montesinho, ou quiçá uns miminhos vindos do fumeiro, rematados com ovos doces, bolo de mel, rosquilhas ou súplicas, e regados com vinho tinto, ou aguardente, para os mais corajosos. Se for para um descanso mais demorado, as casas de Turismo Rural, como a Lagosta Perdida ou a Casa da Edra, para além da cama confortável e merecida, permitem usufruir de uma refeição tradicional. Na bagagem levam-se paisagens de granito, de vales profundos, de casinhas impecavelmente recuperadas, de rios e riachos que, no verão, amenizam a secura de campos e visitantes. Leva-se um frasquinho de mel de Montesinho que simbolizará a doçura das suas gentes.
Rio de Onor
O
xisto, um rio e as serras
Rio de Onor é uma freguesia raiana, situada em pleno Parque Natural de Montesinho. Este povoado singular, assume, ou assumia, para além de um regime de governo próprio, um dialeto próprio. Em tempos idos, Rio de Onor português e Rihonor de Castilla eram um só povoado, mas no séc. XIX a aldeia passa a pertencer a dois países. As populações de ambos os lados vivem essencialmente da agricultura e da pastorícia, onde o sistema comunitário de base ainda se mantém nalguns aspetos do quotidiano, ainda que o comunitarismo igualitário primitivo não tenha resistido ao cruel golpe do tempo. É com vaidade e orgulho que guardam as suas tradições e utilizam um dialeto muito próprio, o rionorês. O casario, revestido a xisto e separado por um rio, emoldura-se pelo verde das terras. Para além das casas de turismo, existe um parque de campismo e, no verão, a praia fluvial convida a momentos de descanso, junto às águas límpidas do rio. É imprescindível conhecer a Ponte Romana, a Igreja Matriz, o forno, a forja e os moinhos comunitários, e provar os saborosos enchidos da aldeia.
Corredor verde do
Fervença e Ciclovias
Natureza
e sustentabilidade
O
Corredor Verde do Fervença constitui um elemento de referência na vivência da
cidade, marcado pela presença do rio e pela perspetiva que se abre sobre o
Monte São Bartolomeu. Para além do uso que dele fazem a população da cidade e
os visitantes, também tem sido utilizado para feiras, exposições e atividades
desportivas. O rio, a vegetação, as aves e outro tipo de fauna são
complementados por uma esplanada, um parque infantil, um parque de manutenção
física para a terceira idade, as instalações da Casa do Mel, um antigo moinho
de água recuperado, bem como algum equipamento simultaneamente decorativo e
recreativo.
A
conservação e gestão do património natural e paisagístico são, para o Município
de Bragança, fatores fundamentais na estratégia de desenvolvimento sustentável.
Neste sentido, para além dos inúmeros percursos pedestres, o concelho dispõe de
ciclovias (um total de 22 km, estando em curso outros traçados) e de um
percurso de BTT, com uma extensão total de 255 km. A adoção de práticas mais
amigas do ambiente e mais saudáveis para todos faz parte do Plano para a
Mobilidade Sustentável de Bragança que tem como objetivo fomentar a mobilidade
urbana sustentável, incentivando o uso de modos ecológicos de transporte.
Brigantia Ecopark
Inovação
e Ciência
O
Brigantia-EcoPark é uma instituição que faz parte do Parque de Ciência e
Tecnologia de Trás-os-Montes e Alto Douro. Tem como principal objetivo a
realização de atividades de Investigação e Desenvolvimento, mais concretamente
e principalmente nas áreas do ambiente, energia e ecoprodutos. O edifício
central do Brigantia-EcoPark é multifuncional, com diferentes características
de sustentabilidade energética, e tem como principal finalidade o
desenvolvimento de atividades de Investigação e Inovação, e o aumento da
competitividade da região.
Tanto
mais haveria para se dizer, mas para conhecer Bragança, a nona cidade mais
antiga de Portugal, é preciso ir, ver e sentir as cores, os aromas, os sabores,
o património, a cultura, as tradições seculares que não se deixam morrer. É
preciso sentir a mística que não cabe nas palavras, mas antes parece emergir
quando todos os sentidos se enchem de alma brigantina. Os sentidos…e o coração,
porque Bragança é sobretudo amor e provoca arrebatamentos ao primeiro olhar.