A emoção surge nos primeiros acordes, rodeada de um manto de luz incandescente. O público levita, a melodia palpita e a cultura agradece. Falamos-lhe, pois, da experiência sensorial Candlelight, que vê nas apresentações de música ao vivo a democratização da música clássica. Já são mais de cem cidades marcadas por um conceito que leva este género musical a públicos agnósticos, além de permitir acesso ao património cultural de cada cidade. Quem o sonha e materializa é a Fever, a organização que se serve de cenários oníricos para tornar as interpretações instrumentais mais intimistas e imersivas. Ora um cenário artístico, ora um pano de fundo histórico. Ora em roda dos artistas, ora de frente para eles. À luz de milhares de velas, assim se sucedem experiências que rompem com o tradicional, onde artistas tomam a liberdade de interagir diretamente com o público. Na verdade, não serão apenas os locais supremos e a proximidade com o público que fazem do Candlelight um espetáculo comovente. Quiçá o segredo esteja na luz que as incontáveis velas emanam. Estudos revelam que a iluminação do ambiente pode influenciar o humor, aliás, pesquisas feitas na Universidade de Toronto concluíram que o contacto com espaços mais iluminados reproduz emoções mais intensas. Nada é por acaso, mas a música envolve de tal forma o espírito que não há espaço para pensamentos excessivamente racionais.
Milhões de espectadores provenientes dos quatro cantos do mundo
Milhões de espectadores provenientes dos quatro cantos do mundo