Conforme
se pode ver numa pintura de José Resende, datada de 1886, esta zona da cidade
era apenas um deserto, mas, a partir do início do século XX, a Rua Brito
Capelo, em Matosinhos, inicialmente designada Rua do Juncal de Cima, viria a
transformar-se no eixo estruturante de Matosinhos, acolhendo o comércio e a
indústria, os cafés e os hotéis, o carro americano, o comboio, o metro, a
biblioteca ou os paços do concelho. Um conjunto de imagens documenta esta
transformação e faz parte de uma exposição intitulada Brito Capelo: memória(s) de uma rua, que estará patente a partir de
13 de maio, a céu aberto e nos mesmos locais por onde a história de Matosinhos
transcorreu. A exposição é comissariada pelo historiador Joel Cleto e a sua
inauguração, prevista para as 10h30, iniciar-se-á com uma visita guiada pelas
memórias da Brito Capelo, começando no cruzamento com a Rua Sousa Aroso. Os
participantes poderão fazer-se acompanhar de telemóvel e auriculares para,
através de uma frequência de rádio, ouvir com toda a comodidade as histórias
que Joel Cleto narrará. Reproduções de pinturas, cartas e fotografias do
Arquivo Municipal integrarão esta exposição que poderá ser visitada entre a
chamada rotunda da anémona (a Praça Cidade do Salvador) e o Mercado Municipal
de Matosinhos. Brito Capelo: memória(s)
de uma rua faz parte do programa Primavera
em Matosinhos, a decorrer desde 30 de março e que pretende dinamizar e
revitalizar o comércio tradicional e local.