No passado dia 27 de setembro, o escritor moçambicano Mia Couto recebeu o título de Doutor Honoris Causa pela Universidade de Brasília, na capital brasileira. Antes da cerimónia, o escritor deu uma palestra aos alunos daquela universidade, no âmbito do encerramento da Semana Universitária, que teve como tema Encontros que transformam. José Manuel Durão Barroso, em 2014, e José Saramago, em 1997, são duas entre as 56 personalidades que já receberam o mesmo título daquela instituição universitária.
Autor de mais de 30 obras (poesia, conto, crónica e romance), Mia Couto vai publicar um novo livro, em outubro, O Universo num Grão de Areia, coletânea de «textos de intervenção cívica», que recolhe textos publicados em diversos meios de comunicação social e escritos para diferentes audiências e situações, abordando «temas que vão da política à literatura e da cultura à antropologia e biologia», anunciou a editorial Caminho, do Grupo Leya. Este lançamento acontece cerca de um mês depois de um outro, O Terrorista Elegante, da Quetzal Editores, que reúne o escritor moçambicano ao angolano José Eduardo Agualusa, em três novelas curtas. O escritor moçambicano, nascido em 1955, já recebeu o Prémio Camões, em 2013, o Prémio Eduardo Lourenço, em 2011, o Prémio União Latina de Literaturas Românicas, em 2007, e o Prémio Vergílio Ferreira, em 1999. Para além disso, o seu romance de estreia, Terra Sonâmbula, de 1992, foi eleito «um dos 12 melhores livros africanos do século XX».