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· Indústria do Golfe · · T. Joana Rebelo · F. Direitos Reservados

Indústria do Golfe em Portugal

Um dos principais produtos turísticos nacionais

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São mais de 15 mil golfistas federados em Portugal, mas pode dizer-se que o impacto do golfe extravasa, e muito, o número de praticantes com registo de pagamento de quota federativa. No panorama internacional, o país ocupa um lugar de destaque entre os greens mais sugestivos, atraindo anualmente milhares de turistas para as terras lusas. Os motivos? Os excelentes campos, plantados em cenários deslumbrantes, o clima ameno todo o ano e a simpatia constante que acompanha o atendimento prestado aos golfistas. Dificilmente se encontra um destino melhor para umas férias de golfe, que o diga o World Golf Awards, que elegeu Portugal como o Melhor Destino de Golfe do Mundo, entre 2014 e 2018. A verdade é que este estatuto se foi conquistando e o setor tem vindo a investir numa grande diversidade de campos, todos eles com características adequadas aos vários níveis de dificuldade e, claro, de orçamento disponíveis. Hoje, são mais de noventa campos espalhados pelo país, exibindo traçados variados que garantem desafio, alguns deles desenhados por arquitetos de renome, como Jack Nicklaus ou Arthur Hills.

O país ocupa um lugar de destaque entre os greens internacionais mais sugestivos
Como forma de explorar as potencialidades da indústria do golfe em Portugal, Frederico Brion Sanches, Vice-Presidente do Conselho Nacional da Indústria do Golfe (CNIG), junta-se à V&G numa conversa rica em experiência, começando por abordar o grosso modo que envolve, hoje, o panorama do setor: «O golfe tem sido o produto que permite atenuar o efeito da sazonalidade, levando a que muitos hotéis no Algarve estejam abertos todo o ano. Face à excelência dos campos de golfe nacionais, este é um produto que começa a ser procurado durante o ano inteiro». Funcionando como um meio dinamizador de toda a economia portuguesa, a indústria atinge as áreas de hotelaria, restauração, aluguer de viaturas e shoppings, tendência que se tem vindo a intensificar, de ano para ano. Até a COVID-19 aparecer. Segundo Frederico Sanches, a nível europeu, a pandemia provocou um aumento de jogadores e voltas jogadas muito acima do expectável, embora Portugal tivesse ficado para trás. «Sendo um país em que o golfe é maioritariamente jogado por estrangeiros, teve um impacto muito negativo nos resultados operacionais das empresas proprietárias de campos de golfe, dado que, de repente, ficámos reduzidos ao mercado nacional, que infelizmente é residual», explica o Vice-Presidente da CNIG.

São mais de noventa campos espalhados por Portugal
Ainda a recuperar de tempos difíceis, o setor do golfe revela, hoje, a necessidade de recolha e sistematização de dados, para que se possa desenvolver ferramentas que permitam analisar tendências e necessidades dos jogadores. «É preciso adaptar a gestão e a própria forma de apresentar o jogo, tornando-o mais apetecível ao ritmo de vida de hoje», declara, garantindo haver também a necessidade de melhoria na componente tecnológica, de forma a contribuir para «a sustentabilidade de negócio» e para a redução do impacto no ambiente. Mas uma coisa é certa, ninguém põe em causa a qualidade dos campos de golfe em Portugal. O Algarve e a costa de Lisboa são altamente requisitados pelos jogadores mais experientes, para não falar dos circuitos da Madeira e dos Açores ou, então, de Espinho, cujo campo é o segundo mais antigo da Europa Continental. Mas aos olhos de Frederico, resta Portugal dar resposta ao desafio que é a adaptação às novas realidades, que obriga a repensar a sustentabilidade: «Os campos de golfe devem estar preparados para responder às inevitáveis alterações climáticas, com forte atenção à gestão dos recursos hídricos, bem como às normas impostas pela União Europeia na utilização de fitofármacos e adubos», afirma. Estes foram apenas alguns dos temas colocados em cima da mesa na European Golf Business Conference 2023, conferência recentemente concretizada em Portugal. Sob o mote Rethinking the golf business – New Technology – New Generations, Sustainability & Regulations, este fórum dedicou-se à abordagem de novas estratégias para atrair mais jogadores de golfe, a par com propostas na área da sustentabilidade e no próprio negócio do setor, temas considerados basilares pelo Vice-Presidente, «não apenas ao nível do desenvolvimento, mas também em termos de economia nacional».
E estas são as últimas boas novas do setor do golfe, um desporto em alta, que desperta aquilo que os portugueses mais prezam fazer: conviver.
Joana Rebelo
T. Joana Rebelo
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