VillaseGolfe
· Gourmet · · T. Maria Cruz · F. Pedro Kirilos

Restaurante O Victor

Sabores que ficam para sempre

Villas&Golfe Pub. PUB HOMES IN HEAVEN Pub.
Vidago Villa Pub.
PMmedia PUB Pub.
É debaixo da ramada (das videiras) onde se comem iguarias típicas da terra. E é por ser da terra, de onde saem muitos dos alimentos confeccionados no restaurante o Victor, na Póvoa de Lanhoso, em Braga, que o difícil é escolher. Se, por um lado, o famoso prato de Bacalhau com batata ao murro nos preenche os olhos e o palato, por outro, a presença de uma Costela de Vitela Barrosã, ou o Bife de Boi e o Cabrito da aldeia – ambos por encomenda –, prende-nos aos sabores a qualquer momento. Diante disso, o melhor mesmo é: ir, sentir, e, claramente, voltar.
Por cá, já se perdeu a conta às figuras conhecidas que tiveram a oportunidade de conhecer este espaço e, claro, o Sr. Victor, que é a figura desta casa. Há quase 50 anos que serve o melhor que sabe fazer: gastronomia tradicional. Foram inúmeras as vezes que Jorge Amado – um dos melhores escritores brasileiros de todos os tempos – por ali passou, pois é na parede da sala principal (aquela que fica debaixo da ramada) que os retratos contam as histórias. E são muitas.
Mas a história desta casa vem muito detrás. Quando o pai do Sr. Victor, João Peixoto, abriu a mercearia na aldeia, em 1935. Era apenas uma mercearia, que não tardou em passar a taberna, ainda que pequena, e era ali, também, onde viviam os seus pais e onde mora, desde sempre, o Sr. Victor. Mais tarde, em 1971, com autorização do pai, o Sr. Victor começou a mudar o conceito de tasca para restaurante. Certo é que, de lá para cá, e desde que tomou rédeas ao negócio, nada mudou na gastronomia, apenas os anos foram passando e, hoje, o Sr. Victor, ainda que pareça ter uma frescura no olhar e a juventude no pensamento, quando nos fala do seu espaço, é no corpo onde sentimos o cansaço do passar do tempo. Mas ele continua lá, a servir como sempre o fez. Do mesmo jeito. E é com o apoio das filhas (Angelina e Olga), os seus dois ‘braços direitos’ que leva o bom nome do restaurante a bom porto.

«O restaurante O Victor celebra 50 anos em 2021»

Posto isto, é hora de percorrer quilómetros, se for o caso, entrar no restaurante O Victor, sentir o cheiro do bacalhau seco, que está pendurado logo na entrada – onde era a antiga mercearia, onde vendiam, e continuam a vender, o bacalhau, porque antigamente, «nos tempos difíceis destas aldeias não havia peixe, mas havia bacalhau. E o meu pai, quando abriu a mercearia, teve logo o cuidado de ter muito bom bacalhau. Então, a partir daí, continuamos a ter clientes fiéis que, ainda hoje, vêm comprar cá o bacalhau, principalmente, para o Natal», conta-nos o Sr. Victor –; seguidamente, é só caminhar em direcção à ramada, ser recebido pelo sorridente octogenário da casa, e ver os bolinhos de bacalhau, a chouriça assada, o queijo da região e a alheira regional chegarem à mesa, em forma de boas-vindas. E depois?! Depois é só esperar que o prato principal lhe encha a alma e o satisfaça. E, no fim, é só adoçar a boca com o pudim de pão ou o leite creme. Ah, uma outra coisa, esta casa está aberta sete dias por semana. Bom apetite!
Maria Cruz
T. Maria Cruz
F. Pedro Kirilos
Política de Cookies

Este site utiliza Cookies. Ao navegar, está a consentir o seu uso. Saiba mais

Compreendi