Barceló Funchal Oldtown

Em pleno centro histórico do Funchal é plantado um novo Barceló, de paredes reformadas pela cultura local. A proposta passa por um restaurante aberto todo dia, piscina aquecida no rooftop e centenas de quartos ao dispor. Com um toque cultural em tudo o que o compõe, o Hotel Barceló Funchal Oldtown é a ponte entre o passado e o presente da Ilha Afortunada. 
Já em terras madeirenses, após uma aterragem pacata com boas intenções do vento, somos conduzidos ao Caniçal. Um barco espera-nos no cais, com rostos simpáticos e uma mesa com tudo aquilo a que um pequeno-almoço madeirense tem direito. De um lado, a infinidade do Atlântico, do outro a silhueta da bonita ilha madeirense. Cada centímetro quadrado tem utilidade, se não for para as casas pitorescas de telhados laranja, ao menos que dê para a plantação da banana. Regressando a terra firme, leva pouco tempo até chegar ao hotel e, quando damos por ela, já o espírito madeirense se cravou em nós. Rapidamente nos apercebemos da presença do Barceló Funchal Oldtown, não seria ele o único cinco estrelas do centro histórico funchalense, construído por madeira e pedras seculares. 

Um toque cultural em tudo o que o compõe

À entrada recebe-nos um luxo descontraído, imbuído em pormenores que nos lembram a ilha. Exemplo disso é a Floresta Laurissilva, representada nos desenhos e decoração do lobby e recriada em tamanho miniatura num espaço envidraçado, visível no sobe e desce do elevador. Poucos dirão que por detrás daquela edificação está um projeto de recuperação, que uniu seis edifícios do século XVII. As fachadas originais foram mantidas, a par com as lajes interiores, em memória daquilo que foi em tempos – sede da fábrica Bordados Oliveiras, espaço da família Blandy’s e, ainda, casa de sapateiro e barbeiro. Durante o processo de escavação, foram achadas mais de mil peças de cerâmica do período colonial e múltiplos artefactos que foram integrados na decoração do hotel, o que permite a todo e cada hóspede mergulhar no legado da cidade, desde o artesanato local aos bordados madeirenses. 
A oferta gastronómica é lida no serviço à la carte, no restaurante Noz Café, com opção de degustação no terraço exterior, bem conectado ao centro histórico. Acessível a todos os palatos, as opções percorrem os vários estilos gastronómicos sob um conceito all day dining. Se a intenção é subir aos céus, o bar B-Heaven, no último piso, poderá concretizá-lo com a sua panóplia de cocktails, junto à piscina de água aquecida, que nos faz olhinhos. É ali que vemos os sóis que nascem e se põem no horizonte, adornados de cores e humores tropicais. 

É ali que vemos os sóis que nascem e se põem no horizonte

Os 111 quartos, num binómio de beleza e misticismo, brindam-nos com molduras monocromáticas, que aprofundam uma antiga Madeira traçada por um povo inteiramente rural. Um contraste bem conseguido, quando ao lado competem os detalhes contemporâneos e as comodidades que fazem jus ao conforto de um cinco estrelas. Além do referido, o complexo hoteleiro conta com três salas de reuniões totalmente insonorizadas, ginásio e múltiplos espaços de contemplação.
Reforçar os laços com a terra faz também parte da missão do hotel, já por isso reúne parcerias com experiências e negócios locais, que nos permitiram perscrutar as levadas e visitar a Bordalo e a adega Blandy’s Madeira. Pormenores que transcendem a estadia e que, seguramente, fazem a diferença.
Na secretária do quarto, à despedida, esperava-nos uma caixa elegante, que garantia os sabores da terra em cada trinca num bombom, e a oferta de um pano bordado pela Bordados da Madeira (Bordal). Este foi mais um gesto da hospitalidade prestado pelo hotel, característica que se mostrou inerente a todo o serviço.
Eis o Barceló Funchal Oldtown, um autêntico cartão de visita que dá acesso aos vislumbres da ilha das quatro estações.