Atualmente,
cerca de 40% dos clientes da QClinic são homens. O que é que leva o género
masculino a querer mudar, cada vez mais, a sua aparência?
Mara:
A nossa filosofia não é mudar, mas sim melhorar a aparência e ressaltar a
essência dos pacientes. A verdade é que, na maioria das vezes, o público masculino
chega até nós por intermédio das companheiras que frequentam a clínica. Como o
resultado dos procedimentos é muito natural, acabam também por querer
experimentar.
Além
da melhoria da autoestima do cliente e da promoção de uma imagem corporal
positiva, a clínica também se dedica à prática da responsabilidade social...
Queli:
Sim, sentimos necessidade de contribuir ativamente para mudar aquilo que está ao
nosso alcance. Algumas das nossas pacientes têm acesso a tratamentos dentários,
desde aparelhos ortodônticos a tratamento de cáries. Tentamos proporcionar, na
medida do possível, os melhores cuidados às classes sociais mais
desfavorecidas. Devolvemos, muitas vezes, a autoestima que foi perdida em
processos mais traumáticos, como por exemplo a vítimas de violência doméstica.
Para
onde caminha o mundo da odontologia e da estética e, perante isso, que
objetivos traçam para o futuro da clínica?
Queli:
Partilhamos da opinião de que a medicina estética e a dentária estão cada vez
mais enquadradas no wellness e anti-aging, no sentido de promover
um envelhecimento com qualidade. Os cuidados com a saúde e a aparência traduzem-se
num conjunto de «boas-práticas» que acabam por conduzir a um estado completo de
bem-estar físico, mental e social, ou seja, como um processo contínuo de autocuidado.
Grande parte dos pacientes já não nos procura por questões de saúde ou de
descontentamento geral, mas por quererem manter cuidados contínuos para uma boa
condição de existência. Neste seguimento, estamos numa constante procura pela
inovação, tanto na vertente académica, como na pesquisa pelas tecnologias mais
avançadas do mercado.
Mara:
Uma boa formação, associada às boas práticas clínicas, é muito importante na
nossa área. Neste sentido, pretendemos lançar a QClinic Academy, de modo a
partilharmos o nosso conhecimento e experiência com outros profissionais da
área. Sem segredos. E caminhamos para a internacionalização, com a abertura de
uma clinica em Marrocos, este ano.
«Devolvemos
a autoestima que foi perdida em processos mais traumáticos»
O
que é que vos faz sentir realizadas depois do tratamento de um paciente?
Mara:
Reparar na forma positiva como o paciente se vê quando se olha ao espelho.
Muitas das vezes, os pacientes chegam até à clínica depressivos e, após a
conclusão dos tratamentos, nota-se uma grande melhoria na sua autoestima.
Acabamos por perceber que a grande diferença está nos pequenos pormenores e que,
por vezes, um simples botox pode
mudar a forma como a pessoa se vê.
Fora
do horário de trabalho, o que vos incita a alma?
Mara:
Gosto muito de praticar desporto, principalmente paddle e corrida. Também gosto de viajar, de uma boa gastronomia, de
um bom vinho e de retiros na natureza.
Queli:
Gosto de desenhar, viajar, cozinhar e passear os meus animais à beira-mar.
Na
vossa perspetiva, o que é ser mulher?
Queli:
Ser mulher é habitar um universo de infinitas possibilidades, uma constelação
de força, delicadeza, resiliência e determinação. É carregar consigo a história
de lutas travadas e vitórias conquistadas, tanto individualmente, quanto
coletivamente. É saber desafiar os limites impostos pela sociedade, romper com
padrões preestabelecidos e criar caminhos. É ser protagonista da própria
narrativa, escrevendo uma história de empoderamento e autenticidade.
Pelo
que luta, hoje, a figura feminina?
Queli:
A figura feminina enfrenta uma luta pela justiça, igualdade e dignidade para
todos.
Mara: Esta luta é global e
intergeracional, e continua a motivar e a mobilizar mulheres de todo o mundo a
unirem-se em prol de um mundo mais justo e igualitário.