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Arábia Saudita

Al Ula: um dos segredos mais bem guardadosdas arábias 

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Controversa mas, simultaneamente, com um charme desafiador, a Arábia Saudita tem vindo a conquistar espaço entre os desejos turísticos mais luxuosos. Desde 2016 e comprometido com o plano Visão 2030, o país tem investido no desenvolvimento e na evolução em diferentes áreas, inclusivamente ao nível do turismo, tendo hoje um conjunto de novas estradas, um aeroporto internacional e muitas infraestruturas modernas. E, se o país em si convida à descoberta, há um lugar em particular que não tem escapado aos olhares mais atentos: Al Ula, uma verdadeira pérola arqueológica de tirar o fôlego.
A região, localizada na província de Medina, no noroeste do país, é um oásis protegido por montanhas de arenito, que, no passado, fez de AlUla uma importante cidade mercantil na histórica rota do incenso que ligava a Índia à Europa. Era aqui que os viajantes paravam para descansar e restaurar energias. Marco significativo em Al Ula é a cidade de Hegra, o primeiro local considerado Património Mundial da UNESCO na Arábia Saudita e um ponto absolutamente obrigatório para quem por aqui passa, já que conta com mais de cem túmulos notavelmente bem preservados, com vestígios da civilização nabateia, que ocupou a Península Arábica há mais de 2 mil anos. E, quando falamos de uma paisagem de tirar o fôlego, falamos sobretudo das impressionantes fachadas de pedra esculpida, imponentes, que nos fazem voltar no tempo e elevar o espírito. Comparado a Petra, na Jordânia, o cenário deslumbrante leva-nos inevitavelmente a questionar o belo, a simbiose entre o natural e o construído pelo homem.
Conhecida como a pérola da Arábia Saudita, Al Ula esteve muitos anos fechada ao público, mas é hojea mais bonita caixa de pandora. O centro histórico de Jeddah, por exemplo, é outro dos locais imperdíveis, com um estilo totalmente diferente de qualquer outro que vá encontrar na Arábia Saudita e mesmo entre os outros países árabes, apesar de integrar muitos edifícios antigos fechados. Em contraste, encontramos veículos elétricos para transportar turistas, uma forte presença das autoridades reforçando a segurança, quarteirões construídos de raíz para albergar praças de alimentação e vários restaurantes de fine-dining ao comando de chefes estrangeiros com estrelas Michelin.


A viver um verdadeiro hype, Al Ula confirma que merece o destaque que tem ganhado nos últimos anos. Este cenário das arábias tem potencial para ser um dos destinos arqueológicos mais importantes do mundo. Quem por aqui passa, não pode deixar de visitar a Pedra do Elefante, com 52 metros de altura, situada a 11km a nordeste do centro da cidade, uma formação rochosa natural que levou milhões de anos a ser esculpida pela Natureza, semelhante a um elefante com uma tromba e cercada por outras centenas de monólitos rochosos.
E, enquanto se aprecia a beleza de Al Ula e a história do país, é possível desfrutar do luxo das comodidades, numa região onde predominam hotéis luxuosos magnificentes, envolvidos pela paisagem histórica. Imagine-se, por exemplo, a desfrutar de uma piscina inserida neste oásis em pleno deserto, rodeado de uma paisagem árida única e absorvente. Além disso, neste contraste opulento, mas integrado, do natural com o material, Al Ula conta ainda com o maior edifício espelhado do mundo, o Maraya Concert Hall, um centro cultural onde são realizados concertos e eventos, que reflete as dunas deslumbrantes.
Esta é uma viagem que chega a ser mágica, uma experiência que foge ao óbvio, que desafia qualquer estereótipo e que, garantidamente, o fará sentir-se privilegiado de tão única que é.


«Conhecida como a pérola da Arábia Saudita, Al Ula é hoje a mais bonita caixa de pandora»
Carla Martins
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