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Vila Nova de Gaia, viajando pela linha costeira

Onde o Douro se encontra com o Atlântico

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Gaia. Se a procurarmos no dicionário está relacionada com a mitologia grega, sendo considerada a deusa-mãe, personificação do planeta Terra. Aberta ao mundo ela é, tendo por base mecanismos que não funcionam a óleo, mas a inovação. Não é mitológica, mas inspira-se em altos valores e padrões de qualidade. Ei-la, Vila Nova de Gaia, o terceiro município mais populoso do país, pertencente ao distrito do Porto.
Ninguém lhe tira o prestígio de casa do vinho do Porto. Nas últimas décadas tem crescido a olhos vistos e pela indústria automóvel e vidreira continua a ser conhecida. A abrir-lhe as portas culturais temos seus pintores, músicos e escultores, e é no Jardim do Morro que exibe um dos melhores «miradouros» para a observação do pôr do sol. Vila Nova de Gaia vive em constante transformação, da indústria ao turismo, da cultura à economia. Com identidade vincada, é o local ideal para viver e investir. Bonita em qualquer estação, reúne dezassete quilómetros de orla ribeirinha e quinze de orla marítima. O potencial da sua costa é reconhecido e as suas praias são afamadas entre os portugueses e os turistas que desejam conhecer o potencial do Norte. E não é por acaso que as águas balneares de Gaia foram distinguidas com o galardão Praia com Qualidade de Ouro e que o concelho seja um dos que agrupa mais praias premiadas com Bandeira Azul no país. Pela qualidade da água rica em iodo e dos areais limpos, damos-lhe a conhecer a linha costeira de Gaia, abundante em paisagem e dimensão.

Começamos nas duas praias mais concorridas da costa gaiense: Praia de Canide Norte e Praia de Canide Sul. As suas dimensões convidam a longos dias de verão junto da família ou amigos, mas longe das toalhas e guarda-sóis dos demais. A beleza dunar é um ponto a somar, e os restaurantes e bares que a acompanham convidam a um dia prolongado de praia. Na freguesia de Gulpilhares, estende-se a Praia de Miramar, onde dizem estar plantada a única igreja virada de costas para o mar. Que a Capela do Senhor da Pedra existe é verdade, mas não se sabe se é a única que prefere estar voltada para o areal. Aquando da maré alta, o local de culto fica banhado pelo mar e o cenário transforma-se numa contemplação. Pequena, mas monumental, a capela envolve a praia numa aura mística, graças às lendas caricatas. Uma delas conta que D. Sebastião cravou as patas do seu cavalo num dos rochedos que sustenta o edifício, e há quem procure por elas quando visita Miramar. Seguimos para Madalena Norte e Madalena Sul, duas praias vistosas e ideais para a prática de desportos náuticos. O extenso areal é palpável, a acompanhar as zonas rochosas que serpenteiam as ondas. Os passadiços de madeira protegem as dunas e ao redor há restaurantes preparados para complementar a experiência. A última paragem é na Praia da Granja, sabendo de antemão que Francelos, Francemar, Lavadores, Salgueiros, Sãozinha, Valadares Norte, Valadares Sul e muitas mais ficam por visitar. Consta-se que a Granja foi, em tempos, a praia mais aristocrática do Norte, no final do século XIX e início do século XX. Ramalho de Ortigão e Eça de Queirós não escondiam a preferência que tinham por ela, assim como as altas classes da sociedade. A vegetação e a arquitetura palaciana que acompanham a linha de praia conferem um certo charme à estância balnear e os seus bons acessos garantem ser lugar para todos e cada um.
Com uma taça de vinho do Porto numa mão e o típico doce Velhotes na outra, despedimo-nos de Vila Nova de Gaia, já com intensões de regressar.

Joana Rebelo
T. Joana Rebelo
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