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· Fundadora da UNISSIMA · · T. Joana Rebelo · F. Direitos Reservados

Ana Piquete

«Ser mulher (...) é quebrar barreiras»

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Reinventar o passado para olhar o futuro é a premissa que rege a vida de Ana Piquete, CEO da UNISSIMA Home Couture e da Comopi Kitchen Design. Nascida no seio de uma família com quatro décadas de tradição no mobiliário, Ana cresceu a ouvir lições de rigor e método, próxima dos materiais, próxima dos clientes. A área que seduziu as gerações da linhagem familiar cravou-se em si e hoje sabe que as tardes passadas na fábrica serviram de trampolim para a criação do seu próprio negócio. Onde atua garante a nobreza dos materiais e os designs exclusivos, à medida de cada cliente. Atualmente, as duas marcas que coordena são um complemento harmonioso e Ana não esconde o desejo em apostar na internacionalização. Como diz a empreendedora, «ser mulher é (...) arregaçar as mangas e ir à luta», e assim o tem feito.
Recuando ao percurso académico, a Ana é licenciada em gestão de empresas. Como ocorreu a transição para o universo de design de interiores?
Foi uma transição que acabou por ser feita de uma forma natural, pois foi o prosseguir de um negócio familiar. Ou seja, não foi uma mudança radical, porque sempre estive ligada à área. Foi assim que também juntei o da minha formação académica ao conhecimento adquirido no negócio de família ao longo dos anos.  

É a CEO da UNISSIMA Home Couture, uma marca de design de interiores portuguesa. Como descreve a sua atuação e que metas deseja atingir num espaço de cinco anos?
A UNISSIMA Home Couture aplica o conceito de novo-tradicional ao mobiliário e à decoração de interiores, casando experiência, inovação, know-how, criatividade, tradição e contemporaneidade. Desde 2015, data em que foi criada, temos vindo a trabalhar arduamente e a investir bastante na qualidade das peças. Acabámos de abrir um espaço em Soure, com cerca de 3.000 m2, e, para o próximo ano, estamos a preparar a abertura de um outro espaço no Algarve, prosseguindo também com a nossa internacionalização. Perspetivamos o futuro sempre com muita ambição, mas sobretudo com o foco na satisfação do cliente e na qualidade do nosso produto.  

Qual é o trabalho que guarda especialmente na memória e que acabou por impulsionar a UNISSIMA para a rampa do sucesso?
Todos os trabalhos são diferentes, cada um com as suas especificidades, feitos ao gosto de cada cliente. O que é mais importante é a qualidade com que materializamos os projetos, aliando-os a designs exclusivos, o que faz com que hoje sejamos uma empresa reconhecida no mercado do mobiliário de luxo.  

Como se foge à criação de ambientes repetidos e massificados?
O facto de ter clientes diferentes faz com que cada peça seja única. É esta personalização que traz uma mais-valia a cada projeto, proporcionando aos nossos clientes a sensação de exclusividade.  

Ao/à gestor/a é-lhe permitido falhar?
Acredito que para sermos gestores de sucesso temos de ser falhos, porque isso traz aprendizagem, traz experiência. Só assim é que crescemos, aprendemos e queremos fazer melhor. 

«Melhorar (...) ao nível da representação feminina em cargos de alta liderança»
Em 2010, criou a Comopi Kitchen Design, juntamente com o seu irmão. A essência do projeto é fabricar peças de mobiliário a partir das melhores madeiras do mercado?
Em todas as peças que fabricamos, queremos proporcionar a melhor qualidade possível, e é essa qualidade que nos distingue no mercado. Cada projeto resulta da estreita colaboração entre clientes, designers e artesãos, e tem um objetivo principal: ser tudo aquilo com que o cliente sempre sonhou.  

De que forma a Comopi e a UNISSIMA se complementam?
As duas marcas foram criadas exatamente para se complementarem. A Comopi desenvolve projetos e fabrica cozinhas, roupeiros e casas de banho, e a UNISSIMA faz o complemento de toda a decoração. Esta complementaridade é uma mais-valia para os nossos clientes e para os seus projetos, porque conseguimos dar uma resposta integrada às suas necessidades. 

O que é que move a Ana, nos dias que correm?
É o que sempre me fez mover desde que decidi abraçar este projeto: o melhoramento contínuo da qualidade dos produtos, o aumento do número de lojas e, sobretudo, a satisfação dos clientes, sem nunca esquecer a necessidade de inovar e criar conceitos.  

Para si, o que é ser mulher?
Ser mulher é, como se costuma dizer, arregaçar as mangas e ir à luta. Sou sobretudo uma mulher prática e objetiva, que acredita nas suas capacidades e nos seus valores. Mas ser mulher também é quebrar barreiras, conquistar novas metas, fazer mais e melhor.  

Pelo que luta, hoje, a figura feminina?
A representatividade da mulher em vários setores da sociedade está a aumentar, ganhando maior protagonismo e poder de decisão. Esta é uma luta contínua, sobretudo para que possamos ter um papel ainda mais relevante nas diferentes áreas, nomeadamente ao nível da justiça, dos salários, da representatividade nas empresas... O facto de o papel da mulher ter vindo a crescer de forma bastante acentuada tem contribuído para uma mudança de mentalidades e políticas.  

Portugal será um país exemplar no que diz respeito às questões de género, nomeadamente no mundo corporativo?
Temos tido uma evolução francamente positiva, no entanto ainda podemos melhorar, especialmente ao nível da representação feminina em cargos de alta liderança, que ainda é relativamente baixa. Isto sugere que ainda existem obstáculos significativos para as mulheres avançarem para níveis mais altos de liderança corporativa. Acredito que, com um compromisso contínuo das empresas, do governo e da sociedade, Portugal possa tornar-se um exemplo na promoção da igualdade de género no ambiente empresarial.
Joana Rebelo
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