Em 2010, criou a Comopi Kitchen Design, juntamente com o
seu irmão. A essência do projeto é fabricar peças de mobiliário a partir das
melhores madeiras do mercado?
Em todas as peças que fabricamos, queremos proporcionar a
melhor qualidade possível, e é essa qualidade que nos distingue no mercado.
Cada projeto resulta da estreita colaboração entre clientes, designers e
artesãos, e tem um objetivo principal: ser tudo aquilo com que o cliente sempre
sonhou.
De que forma a Comopi e a UNISSIMA se complementam?
As duas marcas foram criadas exatamente para se
complementarem. A Comopi desenvolve projetos e fabrica cozinhas, roupeiros e
casas de banho, e a UNISSIMA faz o complemento de toda a decoração. Esta
complementaridade é uma mais-valia para os nossos clientes e para os seus
projetos, porque conseguimos dar uma resposta integrada às suas necessidades.
O que é que move a Ana, nos dias que correm?
É o que sempre me fez mover desde que decidi abraçar
este projeto: o melhoramento contínuo da qualidade dos produtos, o aumento do número
de lojas e, sobretudo, a satisfação dos clientes, sem nunca esquecer a
necessidade de inovar e criar conceitos.
Para si, o que é ser mulher?
Ser mulher é, como se costuma dizer, arregaçar
as mangas e ir à luta. Sou sobretudo uma mulher prática e objetiva, que
acredita nas suas capacidades e nos seus valores. Mas ser mulher também é quebrar
barreiras, conquistar novas metas, fazer mais e melhor.
Pelo que luta, hoje, a figura feminina?
A representatividade da mulher em vários setores da
sociedade está a aumentar, ganhando maior protagonismo e poder de decisão.
Esta é uma luta contínua, sobretudo para que possamos ter um papel ainda mais
relevante nas diferentes áreas, nomeadamente ao nível da justiça, dos salários,
da representatividade nas empresas... O facto de o papel da mulher ter vindo a
crescer de forma bastante acentuada tem contribuído para uma mudança de
mentalidades e políticas.
Portugal será um país exemplar no que diz respeito às
questões de género, nomeadamente no mundo corporativo?
Temos tido uma evolução francamente
positiva, no entanto ainda podemos melhorar, especialmente ao nível da representação
feminina em cargos de alta liderança, que ainda é relativamente baixa. Isto
sugere que ainda existem obstáculos significativos para as mulheres avançarem
para níveis mais altos de liderança corporativa. Acredito que, com um
compromisso contínuo das empresas, do governo e da sociedade, Portugal possa
tornar-se um exemplo na promoção da igualdade de género no ambiente
empresarial.