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· Arquitetura · · T. Maria Cruz · F. Stetson Ybarra, Stephen Morgan, Daniel Joseph Chenin

Forte 137

Luxo integrado no deserto

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É no limite do Vale de Las Vegas, nos Estados Unidos, que se encontra a Fort 137, um verdadeiro oásis no deserto. O estúdio de design Daniel Joseph Chenin, Ltd. desenvolveu uma abordagem integrada e cinematográfica da arquitetura. E o resultado é este. Vistas panorâmicas sobre os arredores de Red Rock Canyon.
A Fort 137, moradia contemporânea e acolhedora, foi idealizada para uma família cujo estilo de vida é ativo de experiências ambientais. Está perfeitamente interligada com a beleza natural envolvente. O interior inclui uma suíte principal, uma secundária e três quartos adicionais, uma cozinha, um escritório, uma sala de teatro, assim como um espaço de estar e jantar comum. 
Logo à entrada é o bloco em formato cónico, de 8.5 m de altura, que contrasta com as linhas retas dos espaços habitacionais, que salta à vista, pois o som da água corrente torna o espaço refrescante e faz esquecer o calor árido do deserto. Depois, a escada em caracol dá acesso ao lounge na cobertura, local onde se encontra uma lareira e as amplas vistas para o deserto chamam a atenção. Voltando à entrada, é a partir dela que se tem acesso ao pátio interno, fechado e sombreado, que transmite a ligação com a natureza local, um magnífico espaço para refeições e reuniões familiares. É também aqui que uma pedra de 75 toneladas, escavada no local, serve de obra de arte. Os espaços residenciais da moradia estão dispostos em três volumes complementares, por forma a maximizar o conforto, a eficiência e o ambiente. Contém uma estrutura de aço e paredes de pedra, paredes deslizantes de painéis de vidro, com 11.5 m de comprimento por 3.9 de altura, que fornecem ventilação cruzada e atraem luz solar abundante para o interior, além de oferecerem vistas panorâmicas das fachadas norte e sul. 

A Fort 137 foi premiada, em 2022, no Architizer A+
Cada espaço foi pensado para momentos tranquilos a sós ou passados em convívio. O luxo interior é emoldurado por pisos de travertino, tetos de estuque, painéis verticais de folheado de madeira, proporcionando caloricidade através do mobiliário e das peças de arte existentes. Em cada recanto observa-se pedra, madeira e latão, inclusive nas maçanetas personalizadas no interior e nos armários. 
Cada detalhe, deste a arquitetura ao design, do mobiliário aos acessórios, esteve a cargo do estúdio de design. O atelier procurou criar uma estrutura rochosa, semelhante aos fortes edificados pelos colonos de outros tempos. Mas o desafio foi grande. O arquiteto Daniel Joseph Chenin teve de incorporar várias estratégias de design no projeto, como forma de compensar a pegada de carbono da casa, daí ter incluído painéis fotovoltaicos, massa térmica e aquecimento radiante. Outro aspeto sustentável foi incluir folheto de madeira reconstituído, derivado do subproduto e resíduos de uma serraria, bem como materiais de origem local, rochas e terra reaproveitadas. Além disso, materiais como o aço envelhecido, o aço laminado a quente e o travertino foram escolhidos para que, sempre que as areias do deserto ousem ‘voar’, as mesmas deslizem facilmente. 
Distinções não faltam a este projeto inovador. Em 2022, foi premiado no Architizer A+. E a verdade é que o atelier responsável por este projeto distinto e inovador, mais uma vez, proporcionou singularidade, uma abordagem rigorosa e um design atemporal.   
Maria Cruz
T. Maria Cruz
F. Stetson Ybarra, Stephen Morgan, Daniel Joseph Chenin
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