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· Arquitetura · · T. Maria Amélia Pires · F. Direitos Reservados

Secular Retreat

Horizontalidade e exclusividade

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Agraciado com o Prémio Pritzker em 2009, Peter Zumthor é um arquiteto suíço que, em 2018, completou o seu primeiro projeto de caráter permanente no Reino Unido, mais precisamente em Chivelstone. Esta habitação, implantada no lugar de uma antiga casa de madeira de 1940, marca a continuidade do trabalho de Zumthor, que preconiza uma arquitetura atemporal e reflexiva. O dramático edifício, batizado de Secular Retreat, é o sétimo programa comissionado pela Living Architecture, que dá relevo a projetos «concebidos por importantes artistas e arquitetos em locais únicos e exclusivos em toda a Inglaterra».

Este projeto marca a continuidade do trabalho de Zumthor, que preconiza uma arquitetura atemporal e reflexiva.

Situado nas colinas a sul de Devon, chama desde logo a atenção pelas camadas de concreto e vidro e pela sua horizontalidade, que é enfatizada pelas formas das lajes de concreto aparente. Esta horizontalidade deve-se à vontade de se enquadrar as vistas, em todas as direções, sobre uma paisagem extensa. Efetivamente, a paisagem e o espaço aberto são fulcrais no conceito de arquitetura de Zumthor, e, por isso, o arquiteto contou com o projeto de paisagismo da Rathbone Partnership, que compreende 5000 espécies de árvores e arbustos locais. 

A horizontalidade deve-se à vontade de se enquadrar as vistas, em todas as direções, sobre uma paisagem extensa.

A casa poderá acomodar até dez pessoas, com cinco quartos divididos por duas alas. Um espaço central, grande e aberto, une estas duas alas que se desenvolvem sobre uma laje de pedra, construída em placas de tamanhos diferentes para refletir as características únicas desta matéria-prima. Os quartos são bastante simples nas suas formas, como «grandes nichos esculpidos neste tecido de concreto e vidro». Os pisos de madeira unem-se com as grandes aberturas envidraçadas, do chão ao texto, proporcionando vistas para os vales, enquanto as casas de banho seguem a linguagem do edifício: mais pedra e mais concreto. Para oferecer uma sensação de aconchego aos espaços interiores, o trabalho de marcenaria foi cuidadosamente planeado e executado, compreendendo portas, prateleiras embutidas, guarda-roupas e os móveis da cozinha, todos com acabamentos de madeira de macieira e cerejeira.
No horizonte, não há traços de outros edifícios que interrompam as linhas sinuosas das colinas. «Tranquilidade, contemplação e luxo. Eu não pude resistir ao convite para projetar este edifício» (Peter Zumthor).
T. Maria Amélia Pires
F. Direitos Reservados
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