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· Arquitetura&Design · · T. Joana Rebelo

Sofia Andrez

«O período pandémico forçou uma valorização acrescida dos espaços»

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Marco Santos
Formada em Gestão de Empresas, a área serviu-lhe apenas de complemento para prosperar no mundo do design. 12 anos se contam desde que Sofia criou o Atelier Sofia Andrez Interiors. Com um portfólio marcado pela criatividade e energia, a CEO reúne uma equipa de 24 membros, permanecendo leal ao conceito que definiu desde o primeiro dia: elegância, intemporalidade e discrição. Entre vários temas, Sofia aborda o surgimento de uma nova conceção de casa, assim como a surpreendente evolução do atelier em plena pandemia. Fique a par do universo de interiores, com a Sofia Andrez e as suas dicas premium.
Conte-nos como tem sido a aventura do Atelier Sofia Andrez Interiors
Tem sido um percurso muito interessante e motivador, sempre de crescimento acentuado, e isso deve-se à fantástica equipa que temos vindo a construir. A empresa foi criada em 2012 por mim e, desde aí, fomos sempre crescendo. Entretanto, a minha filha Joana Andrez decidiu integrar a equipa em 2017 e, hoje, contamos com 24 fantásticos elementos! 

Descreva o seu processo de design.
O nosso principal objetivo, em cada projeto que nos propomos fazer, é criar um conceito único e distinto, que vá de encontro às expectativas do cliente. Para tal, tentamos conhecê-lo um pouco mais para que possamos criar ambientes que façam sentido no seu dia a dia e que correspondam à sua vivência familiar, social e profissional. A maior parte dos nossos projetos são residenciais, pelo que esta imersão na vida dos clientes faz todo o sentido. As nossas ideias são sempre apresentadas com uma base digital (Concept Board e imagens 3D) e física (tecidos/acabamentos). Na maioria dos projetos, entramos numa fase muito preliminar de arquitetura, de forma a escolhermos todos os acabamentos interiores, o que nos permite criar um conceito de decoração integrado com a arquitetura de interiores, criando um resultado mais coeso.  

Onde se encontram as suas fontes de inspiração?
A inspiração, atualmente, pode vir das mais variadas fontes. No entanto, as principais continuam a ser as viagens que fazemos com frequência, seja em lazer, ou em trabalho, e as principais feiras internacionais de design de interiores, mobiliário e iluminação.  
Marco Santos
Hoje, considera que as pessoas atribuem mais valor às suas casas?
Sem dúvida que sim. O período pandémico forçou uma valorização acrescida dos espaços. O tempo de utilização de uma casa passou a ser integral na vida das pessoas e acabou por despertar a atenção para coisas que antes passariam despercebidas. Em geral, há uma maior consciência da necessidade de investimento na qualidade e conforto dos vários espaços que utilizamos, e os espaços exteriores tonaram-se um requisito indispensável.

Quais são os seus materiais de eleição?
Todo o tipo de materiais faz sentido, aplicado no espaço indicado. No entanto, a nossa linha de design prima muito pelos materiais naturais e artesanais. Cada vez mais há uma procura pelo que é nacional, o que faz todo o sentido, dado o país em que vivemos. É impressionante a quantidade de materiais a que temos acesso que são desenhados e produzidos em Portugal – desde mosaicos, azulejos, madeiras, tecidos, etc. Tentamos eleger materiais intemporais, com muita elegância e discrição.

A sustentabilidade já é uma máxima no seu atelier? Se sim, de que forma?
Sim, é uma realidade no nosso atelier, com principal destaque em projetos de grande dimensão. Tentamos apostar em produtos nacionais, que visam a utilização de materiais sustentáveis e de produção consciente. 

«Tentamos eleger materiais intemporais, com muita elegância e discrição»
Sem Asa Photography
Em termos de decoração, o que não pode faltar numa casa?
Conforto, elegância, harmonia e energia.

Quais são os objetos e as cores que nunca se devem misturar?
Considerando o design de interiores uma forma de arte, há pouca coisa que pode ser considerada certa ou errada. Um bom projeto de interiores determina-se pela diversificação de materiais, texturas, estilos, cores e padrões utilizados em harmonia.  

Um projeto precisa de dedicação. Em média, quanto tempo exige um trabalho de design do Atelier Sofia Andrez Interiors?
Poderá exigir, no mínimo, três meses e pode ir até um ou dois anos de projeto, consoante a dimensão do mesmo e a fase em que o começamos a desenvolver.

«Cerca de 90% dos nossos clientes são internacionais»
Sem Asa Photography
Qual foi o maior desafio da sua carreira, até agora?
O maior desafio da minha carreira é a constante evolução para superar as expectativas dos clientes, que cada vez são mais elevadas. Ao mesmo tempo, manter uma equipa coesa e motivada que é, sem dúvida, uma prioridade constante.

É essencial acompanhar as tendências?
É sempre muito importante acompanhar as tendências, embora haja um estilo muito próprio e natural na nossa equipa de designers, que acaba por se aliar às várias tendências ao longo do tempo. Primamos pela criação de ambientes intemporais com detalhes atuais.

Quais as maiores dificuldades de um designer de interiores, em Portugal?
Cerca de 90% dos nossos clientes são internacionais, o que acaba por nos permitir dar azo à imaginação. No entanto, o maior desafio que um designer pode ter é convencer o cliente a arriscar, pois há sempre um medo implícito de não gostar do resultado.

Relativamente ao futuro, quais são os planos?
Queremos manter a equipa consistente para continuar a abraçar projetos únicos e diferenciadores no nosso país, de forma a podermos refletir neles toda a criatividade e empenho.
Joana Rebelo
T. Joana Rebelo
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