Num passado recente, a marca Avon escrevia numa das suas publicidades de cremes de celulite: «Todos os corpos são bonitos», acrescentado que «(...) as covinhas são giras na tua cara, não nas tuas coxas». Ao referente conteúdo publicitário foram dirigidas críticas severas, inclusive por parte de figuras de relevância pública. Bastou um pequeno deslize para a marca, até então de confiança dos consumidores, cair em expressões estereotipadas e perder alguma credibilidade. A realidade é que o público feminino é bombardeado, diariamente, pela crença de que o envelhecimento e o aumento de peso devem ser combatidos a toda a força. Um processo que deveria ser considerado biológico e natural acaba por se transformar numa passagem dolorosa e de difícil aceitação para muitas. Os padrões convencionais de beleza apontam para a juventude eterna, que esconde rugas e marcas que assinalam a passagem do tempo ou as mudanças fisionómicas do corpo. Mas não serão estes os estereótipos mais perversos de todos? Por vezes, a publicidade discorda, servindo-se destes argumentos como forma de obtenção de lucro.
Os padrões convencionais de beleza apontam para a juventude eterna
Os padrões convencionais de beleza apontam para a juventude eterna