No passado dia 19 de julho, a Panerai inaugurou, uma vez mais, a sua sede central, desta vez transformada num Museu e numa loja modelo que recupera os seus valores: um regresso ao artesanato duradouro e ao fascínio da aventura. Assim, oferece a perspetiva do futuro da marca, uma visão que se antecipa graças à perspicácia de Giuseppe Panerai. A sede situa-se na Piazza San Giovanni, na maravilhosa cidade de Florença, Itália. No interior da boutique encontram-se expositores que se assemelham a vigias retangulares que observam o mundo subaquático, o habitat ‘natural’ da marca desde que a Panerai recebeu o seu primeiro pedido da Marinha Real Italiana em 1936. O número de vitrinas, quatro no total, coincide com o das famílias de produtos que refletem a evolução centenária da Panerai: Radiomir, Luminor, Luminor Due e Submersible. Cada um distingue-se por uma cor: verde militar, castanho escuro, amarelo da década de 1970 e azul marinho. Instalados no interior dos expositores podem contemplar-se as peças históricas que serviram de base para inovações posteriores. E a hospitalidade italiana está representada pela presença de um mostrador, elemento que acabará eventualmente por surgir nas boutiques de todo o mundo. No centro do Museu, no primeiro andar, entre móveis originais e o arquivo de documentos, Giuseppe Panerai está sentado no seu escritório. Está ocupado a ler uma anotação e levanta a cabeça levemente quando se aproxima um visitante. É, pois, uma figura de cera, obra do Musée Grévin, no distrito IX de Paris.