Hugo Figueiredo, cientista português que nos últimos sete anos trabalhou nos laboratórios do Instituto de Pesquisa Biomédica Augusto Pi-Sunyer, em Barcelona, Espanha, descobriu, numa experiência com ratos, como melhorar o transplante de estruturas multicelulares do pâncreas para curar doentes com diabetes tipo 1, aqueles que dependem da toma diária de insulina. O trabalho, publicado recentemente na revista da especialidade Science Translational Medicine, divulgou a descoberta: que, eliminando uma determinada proteína, o desempenho das estruturas multicelulares do pâncreas transplantadas em ratos diabéticos melhorou e, em consequência disso, os sintomas da doença reverteram – os níveis de açúcar no sangue voltaram ao normal e os de insulina ficaram elevados. Para o especialista os resultados revelam-se promissores, na medida em que o transplante dos ilhéus pancreáticos, como se designam estas estruturas, tem sido apresentado como «uma terapia com grande potencial, pela sua capacidade curativa» e por ser «um procedimento muito menos invasivo» que um transplante de pâncreas.