A 2.ª edição do EurAfrican Forum 2019, que decorreu na Nova School of Business & Economics, em Carcavelos, Lisboa, pretende contribuir para o futuro da relação entre África e Europa, aproveitando sinergias e promovendo parcerias de igual para igual. Pretende também reforçar o papel de Portugal como ponte privilegiada entre a Europa e a África. O evento tem como anfitriões o Conselho da Diáspora Portuguesa e a Câmara Municipal de Cascais, e tem o Alto Patrocínio da Presidência da República e do governo português.
De acordo com Koen Doens, da Direção-Geral da Cooperação e Desenvolvimento Internacional da Comissão Europeia, um dos 40 oradores internacionais, está a surgir um novo modelo de parceria que se baseia na partilha de valor e na construção da prosperidade. Segundo Koen, o setor privado, mais precisamente os empreendedores, estão no centro do crescimento no continente africano. «O setor privado é hoje o ator principal em África», reforça Doens. Para Michael Stopford, diretor geral da Oxford Analytica do Reino Unido, «o setor empreendedor está a marcar o ritmo da mudança em África» e para incentivarmos o aumento do empreendedorismo, «é necessária regulação - que não existe». A seu ver, «é preciso encorajar as pessoas a voltar a África», acrescentando que «Quantas mais parcerias, maior será a atração» que o continente africano exercerá sobre elas. Para operacionalizar este novo tipo de parcerias, e segundo Eugene Boadu, responsável pelos assuntos corporativos da empresa de software da área farmacêutica mPedigree, do Ghana, tudo deve começar com as políticas certas, o que considera «crítico para definir padrões». Mas identifica um problema: «África não participa ativamente na criação dessas políticas», o que afeta o entendimento e o envolvimento.
