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· Setor das Ferragens 
· · T. Maria Cruz

Limalha

Autênticas obras de arte em ferragens

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F. Pedro Fonseca
Criar peças distintas, que marcam a diferença, não é tarefa fácil. Nem é para todos. E criá-las com mestria e arte tem sido o propósito da Limalha. Uma empresa portuguesa, que se dedica à produção e design de ferragens. Um universo de produtos que fazem o detalhe de uma casa, de um hotel, de um projeto.
A atividade da empresa nasceu em 2009, no setor da serralharia aplicada à arquitetura, com a criação de escadarias, corrimões, etc. Em 2014, surge enquanto marca – Limalha –, apostando mais no segmento do mobiliário, depois de já estar a trabalhar o setor desde 2011. «Não havia empresas com capacidade de resposta neste setor e nós fomos aproveitando e entrando no mercado», refere Ricardo Costa, o fundador. Ricardo não trabalhava na área, quando começou, mas foi a «falta de produto no mercado, assim como as empresas a perderem know-how, e algumas até a fecharem», que o levou a apostar neste setor. Rapidamente percebeu que na Europa só existiam umas 15 empresas a fabricarem este tipo de produtos. «E, nós, associamos a parte de ourivesaria ao fabrico de puxadores, utilizando as técnicas de cinzelagem [a cinzelagem é uma técnica que permite criar volumes, relevos e texturas]. No fundo, acabam por ser joias aplicadas à arquitetura», alude. E acrescenta: «A partir do momento em que entramos no setor das ferragens, ficamos com os dois mercados, o mercado das ferragens e o mercado do mobiliário.»
F. André Rolo
Hoje, 14 anos depois, a empresa é já uma referência nacional. Conta com 20 colaboradores – entre fundição, acabamentos, montagem e back office –, e com perspetiva de exportação de 80% dos produtos para a Europa. «Inicialmente, empregámos serralheiros para produzir ferragens, mas percebemos que a técnica da serralharia deixava o puxador com muitas imperfeições». Como havia mão de obra disponível no mercado, no que à cinzelagem diz respeito, a empresa começou a contratar artesãos. E o processo de produção é espantoso: primeiro, a equipa criativa desenvolve o puxador, imprime em 3D, funde; e depois entra o artesão, especializado em técnicas tradicionais e inovadoras, que faz a cinzelagem, o retoque e o acabamento. São eles que garantem que a qualidade do produto final corresponde às expectativas do cliente.
Além de puxadores, rodapés, revestimento de elevador, entre outras coisas, a Limalha produz muitas peças de mobiliário, autênticas peças de arte. 80% são peças de design de autor. «Temos algumas linhas próprias de mobiliário e estamos a apostar, principalmente, no desenvolvimento de peças de mobiliário de exterior.» Dentro do mobiliário, produzem mesas, cadeiras, consolas, castiçais, lavatórios, muita coisa. A Limalha trabalha com latão, cobre, ferro, inox, bronze. E a maioria das peças são feitas pela mesma técnica de fundição que utilizam nos puxadores.

Nas ferragens, a Limalha dá 50 anos de garantia
F. André Rolo
Na empresa, alinha-se o design, a modernidade, o clássico, com o gosto do consumidor. São peças intemporais. Com os produtos da Limalha, imaginamos uma casa com um estilo muito próprio. Em que o mobiliário inspira padrões e nos remete para épocas distintas. Aqui, a imaginação não tem limites, e cada peça retrata memórias e estilos.
A empresa está presente no mercado nacional, na Europa e, agora, a entrar na Arábia Saudita. Falamos de uma produção em que «mais de 90% é para o segmento de luxo. Mesmo em Portugal, estes novos investimentos que têm vindo a surgir são muito voltados para o mercado de luxo, que são os nossos clientes», conta o mentor.
E como é que os clientes chegam à Limalha? Muito através do ‘passa a palavra’, ou seja, através daqueles que já tiveram a oportunidade de trabalhar com a empresa e de ver o resultado final incrível em cada peça. E quanto tempo para produção das peças? Um mês, se falarmos dos puxadores; e, entre dois a três meses, se falarmos do mobiliário, passando do protótipo à encomenda. A maioria dos puxadores, a Limalha tem em stock e «para o que não temos em stock, usamos impressão 3D e tecnologia mais avançada, pelo que também conseguimos produzir mais rapidamente.» 30% dos clientes enviam o desenho e a equipa produz. «O nosso objetivo, até 2030, é entrar no mercado do grande consumo, no que aos puxadores diz respeito. Fazermos disto um produto mais conhecido e de mais fácil aceso para o cliente. Porque, normalmente, quem vende isto são lojas antigas e vendem pouco, porque não têm know-how suficiente. Demos conta de que, no mercado ibérico, existem em Madrid três empresas que produzem também, e, em França, igualmente, onde dão oito a nove meses de prazo de entrega. Nós queremos atrair um pouco essa cota de mercado, de forma a que Portugal tenha uma fábrica equiparada a essas que já existem», concluiu Ricardo.
F. André Rolo
 A Limalha quer um produto à escala global. Além das linhas clássicas, contam com as linhas modernas, muito orgânicas, e algumas peças com design de autor. E estão também a estabelecer algumas parcerias com artistas plásticos.
O sucesso da Limalha, uma marca de referência junto de arquitetos, clientes e consumidores finais, deve-se à qualidade e ao design do produto, fatores de diferenciação, o que faz com que trabalhem com marcas internacionais. Muitos dos projetos são exclusivos, o que requer uma maior exigência e rigor no processo de produção. A Limalha possibilita aos seus clientes terem ferragens inovadoras ou clássicas, pois possui um acervo de moldes, alguns com mais de 250 anos de história, mas sempre com uma abordagem de tendências de design.
Na Limalha expressa-se o próprio estilo. Combinam-se técnicas antigas com o moderno. Criam-se memórias. Despertamos curiosidade? Pode sempre passar por São João da Madeira, Porto, e visitar a fábrica onde tudo acontece.
F. Pedro Fonseca
F. André Rolo
F. André Rolo
F. André Rolo
Maria Cruz
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