É Presidente da Câmara
de Castelo Branco desde 2013. Com que dificuldades se deparou quando assumiu o
cargo?
Já
conhecia a Câmara porque era vereador e vice-presidente. Promover estratégias
de desenvolvimento numa região com estas características não é propriamente
fácil, mas temos seguido uma estratégia muito própria para Castelo Branco que
tem dado frutos.
Tem conseguido dar a
Castelo Branco aquilo a que se propôs?
Felizmente,
a Câmara tem feito um conjunto de investimentos importantes. Hoje, temos
infraestruturas ímpares e temos promovido a criação de empregos. Definimos um
conjunto de setores como importantes para a nossa estratégia e, hoje, somos um
concelho moderno, com infraestruturas modernas, que nos orgulhamos de ter
conseguido fazer.
Quais são os objetivos a
alcançar em 2019?
Temos
investimentos consideráveis, como por exemplo a obra de requalificação da
Quinta do Moinho Velho, ou a Fábrica da Criatividade. Temos também um conjunto
de obras para o desenvolvimento propriamente dito da cidade. Há muita coisa a
fazer.
«O povo albicastrense é acolhedor, gosta de receber e sabe receber muito bem»
O povo albicastrense é
acolhedor?
É
acolhedor, gosta de receber e sabe receber muito bem. Essa é também uma das
vantagens que temos. Temos um concelho seguro, somos um povo genuíno na nossa
forma de ser e apostamos na cultura, o que tem permitido sermos mais atrativos.
Para além das belas
paisagens, quais são os pontos fortes de Castelo Branco?
Definimos
a nossa estratégia de promoção turística em três perspetivas. A natureza, desde
logo. Temos de um lado o Tejo internacional e do outro a Serra da Gardunha.
Estamos no meio destas duas realidades de paisagens bonitas que permitem uma
série de atividades. A outra perspetiva são os sabores, muitos deles ainda
confecionados de forma tradicional, nomeadamente o queijo, os enchidos, o
azeite, etc. As pessoas podem ainda hoje assistir à confeção desses produtos. A
terceira é a cultura. Neste âmbito, valorizamos as nossas tradições, como é o
caso das romarias. Também valorizamos aquilo que são dois patrimónios
importantes: o bordado de Castelo Branco, que certificámos, e a viola beiroa,
que se estava a perder e que nós recuperámos e certificámos. Ainda dentro desta
estratégia cultural, temos a rede de museus, que é uma verdadeira alavanca para
o turismo, e o nosso património edificado, nomeadamente o Jardim do Paço, a Sé,
entre muitos outros.
De que forma tem sido
colmatado o facto de Castelo Branco ser um concelho do interior do país?
Nós
tínhamos e temos algo de evidente. Nos últimos anos o que fizemos foi mostrar
essas evidências para que fossem atrativas. Agora estamos na segunda fase que é
a promoção turística. Ao longo dos tempos, temos vindo a fazer um conjunto de
eventos; também estamos a construir uma pista de Karting, entre muitas outras ações. Este é um caminho que tem tudo
para dar certo.
Como imagina e deseja
Castelo Branco no futuro?
Desejo
que seja um concelho cada vez mais atrativo, desenvolvido e sobretudo moderno,
onde a inovação e a modernidade imperem.