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Norberto Fernandes

«Por vezes, foi complicado superar as dificuldades emocionais»

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Sobre Norberto Fernandes há muito a contar. De origem carioca, o sócio fundador da BF Consultores reúne 59 anos de experiência, incluindo uma licenciatura em Engenharia de Produção, pela Universidade do Minho, e um mestrado em Gestão do Turismo, pelo IPCA. É empresário e administrador de diversas empresas desde cedo, tendo sido, em 1995, considerado um Jovem Empresário de Elevado Potencial (JEEP). E, porque a vida também é desfrute, confessa que o desporto automóvel e o prazer em viajar o fazem levitar. A família e os amigos são os pilares da sua vida, pelo que garante que a sua importância nunca será negociável. Connosco, Norberto Fernandes, pai de dois filhos e uma das caras da BF Consultores e da WhiteCode.
Soube, desde cedo, a vocação a seguir?
A vocação empresarial surge desde cedo, impulsionada, em primeiro lugar, pelo exemplo paterno e, mais tarde, alavancada pela distinção como Jovem Empresário de Elevado Potencial (JEEP), entre centenas de candidatos que existiam nesse ano. Este era um fantástico programa criado pelo Almor Viegas, um dos maiores pioneiros do empreendedorismo em Portugal, em colaboração com o Banco Português do Atlântico (BPA), a Associação Industrial Portuense (AIPortuense) e a Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento (FLAD). Ao longo de doze edições, lançou diversos jovens que, atualmente, são empresários de sucesso em Portugal. 

Como é que a BF Consultores entrou na sua vida?
Conheci o Raúl Borges enquanto trabalhávamos num Agente IBM do Porto, local onde estive cerca de dois anos, envolvido em alguns importantes projetos comunitários de desenvolvimento de software para empresas industriais. A empatia foi imediata e rapidamente percebemos o que poderíamos atingir profissionalmente, caso juntássemos as valias pessoais de cada um. Daí até sermos sócios e formarmos a BF Consultores, foi um passo, tendo, durante todo este processo, o apoio fundamental da Companhia IBM Portuguesa, a nossa parceira de negócio. 

Ao grupo juntou-se a WhiteCode, em 2012, dedicando-se a várias áreas de serviços para empresas. Quer falar-nos um pouco da versatilidade das áreas em que a empresa atua?
A WhiteCode é uma empresa de base tecnológica, especializada nas áreas de Software Development e Marketing & Management e focada na conceção, desenvolvimento e fornecimento de soluções, ajustadas às diferentes vertentes do mercado e suportadas nas valências detidas pela empresa, nomeadamente, na capacidade bridge entre o sistema científico e tecnológico regional e o mercado consumidor.
É a integração dos centros de saber e a realidade empresarial que permite assegurar a inovação disruptiva, pelo que, para a WhiteCode, a cooperação empresarial e a cooperação com entidades do Sistema Científico e Tecnológico são o pilar da estratégia e do próprio modelo de negócio da empresa. Concorremos para os pilares da estratégia de especialização nacional e para os eixos da Agenda Digital para a Europa, pelo que nos posicionamos como tradutores do conhecimento teórico, materializando soluções provenientes da interligação entre investigação científica e conhecimento prático. 

«Pretende-se que a saúde seja (...) uma forte área de especialização da empresa»

A WhiteCode pertence ao grupo e foi criada para combater uma lacuna que faltava aos clientes da BF, no que toca a tecnologia e marketing digital. O que é que a empresa oferece ao mercado que a permite diferenciar-se?
A WhiteCode insere-se num grupo com vasta experiência, desde a área da consultoria à gestão de investimentos, pelo que possui um conhecimento na prática das dificuldades e fragilidades que, muitas vezes, as empresas suportam. Este conhecimento real, que está na génese da constituição da WhiteCode, garante o posicionamento único da empresa, uma vez que reconhece exatamente as dificuldades do cliente e os desenvolvimentos que este anseia para fazer face aos desafios com que se sente confrontado.
Por outro lado, a empresa aplica um modelo híbrido de inovação, possibilitando operacionalizar soluções através da constante monitorização do mercado, assim como emprega o conhecimento teórico existente no SCT às necessidades emergentes dos diversos setores de consumo finais. Na prática, esta abordagem potencia o grau de abertura da economia ao exterior, uma vez que trabalhamos quase exclusivamente com empresas exportadoras ou em vias de o ser, pelo que, também aqui, desempenhamos, à nossa escala, um papel importante. 

O vosso leque de clientes insere-se, predominantemente, em que setor de atividade?
Em todos os setores industriais, com especial ênfase nas indústrias extrativa, metalomecânica e têxtil. Pretende-se que a saúde seja, futuramente, uma forte área de especialização da empresa, dadas as suas potencialidades de desenvolvimento, pelo que se requer continuar a desenvolver soluções no âmbito da ehealth e mhealth, dando resposta aos atuais paradigmas e desafios societais. 

Ao Norberto destinam-se que tipo de funções?
Sou responsável pela área operacional da empresa, coordenando e liderando o desenvolvimento técnico, a conceção de bases de dados e a pesquisa de soluções. A criação de novas soluções para os clientes tem obrigatoriamente de ser acompanhada por um trabalho de fundo, nomeadamente, ao nível do estudo do seu potencial, da melhor forma de desenvolvimento e parametrização de sistemas e do design de produto, pelo que também sou responsável pela criação de equipas de trabalho, através da escolha dos recursos adequados.
«O Plano de Recuperação e Resiliência permitirá importantes investimentos»

2022 foi um ano de superação de metas e desafios para o grupo?
Foi, principalmente, um ano em que tivemos todos de reaprender a trabalhar num cenário pós-pandemia, marcado ainda por uma guerra na Europa Oriental, tão longe e tão próxima, que trouxe uma série de desafios tanto para nós como para os nossos clientes. Para o grupo, em termos económicos e financeiros, foi um ano muito bom, mas, por vezes, foi complicado superar as dificuldades emocionais originadas pelas catástrofes da pandemia e da guerra.

E 2023, encara-o com otimismo?
Sempre! Em Portugal, o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) permitirá importantes investimentos em áreas estratégicas e teremos também operacional o Portugal 2030, que deve ser encarado como um instrumento de alavancagem e crescimento do país, e não uma forma de financiamento do Estado, como infelizmente o PRR tem sido. O Grupo BF Consultores estará entusiasticamente envolvido com os seus clientes na conceção e prossecução das melhores estratégias de investimento, tal como estará, evidentemente, a WhiteCode. 

Prevê que a atuação do grupo vá além-fronteiras?
Claro que sim! Já desde 2014 que abraçamos uma estratégia de internacionalização que importa agora reforçar nesta fase, através de investimento, qualificando as empresas do grupo em novos fatores imateriais de competitividade, que são fundamentais para continuar a abordar os mercados externos.
Não menos importante é o efeito de arrastamento proporcionado pelos nossos clientes, dado que, como já disse, trabalhamos com empresas exportadoras, pelo que estamos frequentemente ao lado das mesmas, nos seus mercados atuais e nos novos que surjam.
Joana Rebelo
T. Joana Rebelo
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