Telfor, Converflex, L. Pereira

O sucesso corre nos genes da família Vaz. A história de empreendedorismo começa em 1987, com a criação da primeira ambição do grupo familiar, a Telfor. Rumo ao sonho de criar uma referência no mercado nacional na vertente da distribuição e comercialização de têxteis técnicos, assim como no aluguer e venda de tendas, Carlos e Miguel Vaz unem-se e criam a primeira empresa do grupo. A atuação da marca começou por incidir em casamentos e batizados, mas, hoje, a Telfor conta com mais de 30 anos de experiência, apresentando uma capacidade de resposta mais diversificada e abrangente. Atual líder de mercado na distribuição de têxteis técnicos, a empresa é a representante exclusiva da marca de têxteis técnicos Sioen, que é a maior produtora mundial de tecidos revestidos. Garantindo o melhor tipo de tecido para uma aplicação mais eficaz e duradoura, a Telfor apresenta uma vasta gama de têxteis técnicos que se destinam aos mercados do transporte, bioenergia e agricultura, construção e indústria, entretenimento e desporto, redes, arquitetura, têxtil, proteção solar, publicidade e alcatifas. Já no domínio do aluguer e venda de tendas, a missão da marca prende-se com encaixar tendas em todo e qualquer tipo de projeto, desde um evento corporativo até festivais de música. Reunindo uma equipa de 30 membros, a marca portuguesa garante nortear-se pelo que dita a responsabilidade social, fazendo uma gestão sustentável do meio ambiente, através de matérias-primas recicladas, e prestando cuidados no que toca a colaboradores, clientes e comunidades. Mas o legado não fica por aqui.  

Uma empresa de qualidade e não de volume

O grupo familiar viu nascer um novo membro a 9 de julho de 2003: a Converflex. Fundida nos mesmos valores que a Telfor, a empresa valoriza o compromisso, integridade, responsabilidade e excelência, virtudes que servem de bússola para a atuação do dia a dia. Hélder Vaz, o administrador executivo, contextualiza: «A Converflex é fruto da experiência dos sócios e nasce como uma empresa dedicada à embalagem. É líder de mercado e diferenciadora no que faz, pois prima por fazer coisas específicas». A marca do grupo português tem vindo a crescer, ao longo dos últimos anos, num ritmo alucinante, sendo já uma referência na Europa. Trata-se de uma empresa de qualidade e não de volume. Questionado sobre a utilidade do produto Converflex, o administrador explica: «Aqueles papéis que vemos a embrulhar ou proteger os sapatos e as camisas são, normalmente, nossos». Quando surgiu a marca, a empresa tinha quatro a cinco concorrentes, hoje, ocupa 90% do mercado, algo que Hélder garante ser o resultado da resposta, qualidade e seriedade da empresa. «O que prometemos, fazemos. Não precisamos de grande publicidade, as pessoas batem-nos à porta», revela o membro da família Vaz. O produto da Converflex chega a diferentes cantos do mundo, estando com mais força na indústria do calçado e têxtil, mas não só. Os clientes são muitos e de diferentes posicionamentos. Em Portugal, a marca encontra-se mais presente na zona Norte.

Um grupo familiar que dura há duas gerações

Ainda na senda do crescimento, a empresa mais recente do grupo é a L. Pereira, uma marca outrora cliente, que acabou por ser comprada pelo grupo em 2010. Dedicando-se a materiais semipreparados com destino a vários setores, a empresa já é, também, uma referência a nível nacional. «O nosso produto é o conhecido, vulgarmente, como cartolina. Tem maior espessura. Atuamos ao nível de caixas de medicamentos, calçado, pacotes de bolachas, garrafas de vinho do Porto...», explica Hélder Vaz. Um dos trunfos da empresa é o stock, garantido sempre para seis meses. Graças a esse método, a equipa não sentiu tanto o impacto da escassez de materiais originada pela guerra. «Estávamos muito preparados. Ajudámos até colegas em Espanha e Inglaterra», revela. No que toca à gestão de desperdício, a L. Pereira mostra-se empenhada, garantindo não se vender nenhum tipo de produto que não seja 100% reciclado. Três mil toneladas de material representam o armazém da empresa, pelo que Hélder esclarece só não ter presente dois tipos de cartolina, devido à falta de espaço.
Um grupo familiar sólido, que dura há duas gerações. O segredo do sucesso? A filosofia de trabalho. A disponibilidade. A constante capacidade de resposta. Mas os tempos mudam, e com eles mudam também as vontades. Na perspetiva de Hélder, é prematuro falar em futuro, «até que ponto o setor não mudará? Ainda assim, o grande desafio será que as pessoas tenham a mesma disponibilidade, sentido de responsabilidade e seriedade para conseguir manter a filosofia que fez prosperar tudo até hoje.» O grupo depara-se, atualmente, com outros desafios que não os de 1987: a mudança de paradigmas, fomentada pelas novas gerações.