Fundada pelos avós de Alberto, a Bulhosas é uma empresa
familiar com mais de 85 anos de história, onde tintas, papéis e máquinas fazem
o progresso do negócio. É lá que o papel conta histórias e se imprime de
quotidiano, ganhando vida. Os colaboradores evoluem com os tempos e as gerações
que vão chefiando respeitam a tradição. Talvez seja tempo de conhecer o legado
que perdura, hoje, sob a alçada de Alberto Bulhosa.
Alberto Bulhosa é o rosto da terceira geração da Bulhosas. Qual é a sensação de carregar mais de 85 anos de legado?
É uma sensação paradoxal. Um motivo de orgulho, como é óbvio, já que a duração de uma empresa diz respeito aos fatores externos e ao contexto dos mercados nacionais e internacionais, mas também está relacionada com o património interno, com os recursos humanos com que temos vindo a trabalhar, desde os nossos colaboradores, a fornecedores e clientes. Poder dizer que tudo isto, apesar dos inevitáveis problemas diários, tem resultado, é motivo para estarmos todos de parabéns. No entanto, o legado de tantos anos de existência implica uma inevitável responsabilidade em dar continuidade ao trabalho que foi feito pelos nossos antepassados, assim como garantir que os colaboradores mais antigos, e que aqui trabalham desde a geração anterior, sejam valorizados e apoiados na evolução tecnológica e nas exigências frenéticas dos tempos atuais.
Ao nível do mercado das artes gráficas, de que forma é que a empresa aprendeu com o passado e se tem preparado para as exigências do futuro?
Fazer igual aos outros é impensável para nós. Se estão todos a ir para um lado, então, escolheremos o outro. Nem sempre é fácil remar contra a corrente, tanto no que diz respeito aos preços da concorrência, como na área da inovação. Por exemplo, nem todos os clientes nacionais estão dispostos a arriscar com uma solução disruptiva, verificando-se um certo medo de mudança, talvez pela mentalidade portuguesa ser um pouco avessa ao desconhecido. Embora estar um passo mais à frente possa ser, inicialmente, um motivo para nos sentirmos incompreendidos, esta postura tem-nos servido de prevenção futura para atuarmos da melhor forma, quando algumas questões inesperadas se levantam.
Desde a indústria alimentar à vertente da cosmética, a Bulhosas atua em diferentes e variadas áreas. Quais os desafios diários de uma empresa polivalente como esta?
É precisamente esse o grande desafio do nosso trabalho. A polivalência implica sempre uma grande capacidade de flexibilidade. Ora, por sua vez, a flexibilidade implica aceitar que existirão desafios diários que precisam de ser solucionados com rapidez, por isso, um dia nunca será igual ao anterior, nem ao seguinte, o que significa que, apesar do nosso tempo de existência, nunca temos um processo de trabalho estagnado, nem somos donos de certezas e de realidades estáticas. Lidamos com tintas, papéis, máquinas e clientes muito diversos, de dimensões e áreas muito diferentes, o que significa que temos uma variedade de fatores enorme em toda a cadeia de fabrico. Por vezes, é caótico, não há como negar, mas a adrenalina também faz parte do nosso ADN, e quem passa pela nossa empresa ganha, definitivamente, estaleca para navegar com o imprevisível.
«Sem o potencial do cérebro humano, as máquinas são totalmente obsoletas»
Alberto Bulhosa é o rosto da terceira geração da Bulhosas. Qual é a sensação de carregar mais de 85 anos de legado?
É uma sensação paradoxal. Um motivo de orgulho, como é óbvio, já que a duração de uma empresa diz respeito aos fatores externos e ao contexto dos mercados nacionais e internacionais, mas também está relacionada com o património interno, com os recursos humanos com que temos vindo a trabalhar, desde os nossos colaboradores, a fornecedores e clientes. Poder dizer que tudo isto, apesar dos inevitáveis problemas diários, tem resultado, é motivo para estarmos todos de parabéns. No entanto, o legado de tantos anos de existência implica uma inevitável responsabilidade em dar continuidade ao trabalho que foi feito pelos nossos antepassados, assim como garantir que os colaboradores mais antigos, e que aqui trabalham desde a geração anterior, sejam valorizados e apoiados na evolução tecnológica e nas exigências frenéticas dos tempos atuais.
Ao nível do mercado das artes gráficas, de que forma é que a empresa aprendeu com o passado e se tem preparado para as exigências do futuro?
Fazer igual aos outros é impensável para nós. Se estão todos a ir para um lado, então, escolheremos o outro. Nem sempre é fácil remar contra a corrente, tanto no que diz respeito aos preços da concorrência, como na área da inovação. Por exemplo, nem todos os clientes nacionais estão dispostos a arriscar com uma solução disruptiva, verificando-se um certo medo de mudança, talvez pela mentalidade portuguesa ser um pouco avessa ao desconhecido. Embora estar um passo mais à frente possa ser, inicialmente, um motivo para nos sentirmos incompreendidos, esta postura tem-nos servido de prevenção futura para atuarmos da melhor forma, quando algumas questões inesperadas se levantam.
Desde a indústria alimentar à vertente da cosmética, a Bulhosas atua em diferentes e variadas áreas. Quais os desafios diários de uma empresa polivalente como esta?
É precisamente esse o grande desafio do nosso trabalho. A polivalência implica sempre uma grande capacidade de flexibilidade. Ora, por sua vez, a flexibilidade implica aceitar que existirão desafios diários que precisam de ser solucionados com rapidez, por isso, um dia nunca será igual ao anterior, nem ao seguinte, o que significa que, apesar do nosso tempo de existência, nunca temos um processo de trabalho estagnado, nem somos donos de certezas e de realidades estáticas. Lidamos com tintas, papéis, máquinas e clientes muito diversos, de dimensões e áreas muito diferentes, o que significa que temos uma variedade de fatores enorme em toda a cadeia de fabrico. Por vezes, é caótico, não há como negar, mas a adrenalina também faz parte do nosso ADN, e quem passa pela nossa empresa ganha, definitivamente, estaleca para navegar com o imprevisível.
«Sem o potencial do cérebro humano, as máquinas são totalmente obsoletas»