No Algarve está sediado o seu
gabinete, lugar onde a prática da arquitetura se evidencia pelo esplendor das
magníficas casas e resorts de luxo. Os lápis, as canetas e os
estiradores sempre marcaram a vida do arquiteto João Cabrita. Cedo se viu a
criar desenhos, a partir de um papel em branco. E o tempo ensinou-o a ver a
arquitetura com um olhar entusiasta. E passou a contar uma história, a cada
projeto realizado. Será ele um bom contador de histórias? Diríamos que sim. Prova
disso são os inúmeros trabalhos arquitetónicos, desenvolvidos em terras lusas,
com a sua assinatura. Inspirado por um toque de «magia», sempre procurou criar
obras marcantes. Em entrevista, João faz referência ao avanço tecnológico dos
últimos 30 anos e ao marco que a Inteligência Artificial terá nas
próximas décadas. Fala, ainda, do processo de «arrefecimento» no setor, devido à
sobrevalorização das propriedades, ao aumento da inflação e das taxas de juro. E
o que lhe dará verdadeiro gozo na arquitetura? Fácil, «o sorriso de um cliente
feliz».
De que forma a infância e o sítio onde nasceu e cresceu o influenciaram a seguir o caminho da arquitetura?
Sempre vivi no meio de desenhos, cópias heliográficas, lápis, canetas e estiradores. Aprendi a conviver com esta realidade em casa e no escritório. A arquitetura era, na infância, um nome que se traduzia em «desenho de casas» e só mais tarde aprendi o seu verdadeiro sentido. Tornou-se não só uma prática, mas também uma forma de estar na vida, que me moldou no que sou hoje.
As referências que tinha enquanto estudante são as mesmas de hoje, ou seja, a sua forma de ver a arquitetura mudou com o tempo?
Aprender arquitetura é muito mais de que aprender a desenhar edifícios e transformar o espaço. E a forma de ver vai-se ajustando com o tempo. Enquanto estudante de arquitetura, os Movimentos Modernista e Pós-Modernista eram alguns dos modelos de estudo que maior referência e preferência para nós, estudantes, mas, o início da prática profissional e o encontro com uma arquitetura mais tradicional e Vitruviana, veio, de certa forma, complementar uma forma diferente de olhar a linguagem arquitetónica. O Tempo altera tudo e, igualmente, altera a forma como nos centramos na arquitetura.
Vê o Algarve e a Quinta do Lago, o local onde tem o seu atelier, como algo que caracteriza o modo como faz arquitetura?
O Algarve, no geral, e a Quinta do Lago, em particular, têm condições muito próprias para a prática da arquitetura. Desde logo pela situação balnear, pela sua enorme atracão turística e pela forma como investidores nacionais e estrangeiros veem este pedaço de território nacional. Por outro lado, ainda, pelo gradual incremento de qualidade turística que se tem vindo a sentir nos últimos 50 anos, o que faz com que haja cada vez mais investidores com expectativas de investimentos de excelência, em particular na zona de Quinta do Lago, Vale do Lobo e Vilamoura. Naturalmente que, ao longo do tempo, nos temos vindo a ajustar a esta realidade e, por conseguinte, na forma como qualificamos a arquitetura que produzimos.
Nestes anos, qual o projeto mais desafiante que fez?
Foram vários e não queria particularizar um só! Na realidade quando produzimos, a partir de um papel branco, há sempre uma história a contar e cada projeto tem uma narrativa. No final do dia, o arquiteto será um contador de histórias, que sempre procurará atingir o melhor resultado possível para o seu cliente.
«Estou certo de que o futuro passará pela total sustentabilidade»
De que forma a infância e o sítio onde nasceu e cresceu o influenciaram a seguir o caminho da arquitetura?
Sempre vivi no meio de desenhos, cópias heliográficas, lápis, canetas e estiradores. Aprendi a conviver com esta realidade em casa e no escritório. A arquitetura era, na infância, um nome que se traduzia em «desenho de casas» e só mais tarde aprendi o seu verdadeiro sentido. Tornou-se não só uma prática, mas também uma forma de estar na vida, que me moldou no que sou hoje.
As referências que tinha enquanto estudante são as mesmas de hoje, ou seja, a sua forma de ver a arquitetura mudou com o tempo?
Aprender arquitetura é muito mais de que aprender a desenhar edifícios e transformar o espaço. E a forma de ver vai-se ajustando com o tempo. Enquanto estudante de arquitetura, os Movimentos Modernista e Pós-Modernista eram alguns dos modelos de estudo que maior referência e preferência para nós, estudantes, mas, o início da prática profissional e o encontro com uma arquitetura mais tradicional e Vitruviana, veio, de certa forma, complementar uma forma diferente de olhar a linguagem arquitetónica. O Tempo altera tudo e, igualmente, altera a forma como nos centramos na arquitetura.
Vê o Algarve e a Quinta do Lago, o local onde tem o seu atelier, como algo que caracteriza o modo como faz arquitetura?
O Algarve, no geral, e a Quinta do Lago, em particular, têm condições muito próprias para a prática da arquitetura. Desde logo pela situação balnear, pela sua enorme atracão turística e pela forma como investidores nacionais e estrangeiros veem este pedaço de território nacional. Por outro lado, ainda, pelo gradual incremento de qualidade turística que se tem vindo a sentir nos últimos 50 anos, o que faz com que haja cada vez mais investidores com expectativas de investimentos de excelência, em particular na zona de Quinta do Lago, Vale do Lobo e Vilamoura. Naturalmente que, ao longo do tempo, nos temos vindo a ajustar a esta realidade e, por conseguinte, na forma como qualificamos a arquitetura que produzimos.
Nestes anos, qual o projeto mais desafiante que fez?
Foram vários e não queria particularizar um só! Na realidade quando produzimos, a partir de um papel branco, há sempre uma história a contar e cada projeto tem uma narrativa. No final do dia, o arquiteto será um contador de histórias, que sempre procurará atingir o melhor resultado possível para o seu cliente.
«Estou certo de que o futuro passará pela total sustentabilidade»