Há 25 anos, o casal Mário e Zita Rocha fundavam uma organização em Rebordosa. «Antarte» foi o nome que lhe deram, graças à fusão das palavras «antiguidade» e «arte». Ele estava já familiarizado com o ramo devido ao ofício do pai, empresário na área do mobiliário. Ela era quem tinha as apetências decorativas. A atividade começou pelo restauro e comercialização de mobiliário clássico que, anos mais tarde, evolui para a criação das tendências home décor em território nacional. Atualmente, contam-se 14 espaços em Portugal e outras lojas em Angola, Gana, S. Tomé e Príncipe, África do Sul e Emirados Árabes Unidos. Quanto à ambição de continuar a internacionalizar, parece não haver dúvidas, depois de a marca já ter provado a sua notoriedade com a criação da Cadeira de Descanso do Papa Bento XVI e de um modelo personalizado para a cantora Anitta. Mário Rocha, CEO da Antarte, afirma sentir-se, hoje, como Sinatra cantou: I did it my way. E assim espera continuar.
De que modo é que a Antarte combina estética, funcionalidade e sustentabilidade em cada modelo?
Conjugar esses atributos numa peça de mobiliário é um verdadeiro desafio que a Antarte tem sabido materializar, em cada coleção. Para a marca, não faz sentido desenvolver peças com uma estética exuberante, se não se mostrarem confortáveis ou funcionais. Idealizar um design cativante, com capacidade de proporcionar conforto e ampla arrumação, está no ADN da empresa. Dou um exemplo: sentar num cadeirão ou poltrona da Antarte é um momento de conforto absoluto, numa peça com design apurado. E o uso de matérias-primas sustentáveis é imperativo numa marca que colocou a responsabilidade ambiental como um dos pilares da sua missão.
O Mário costuma referir que a marca é imbuída de intemporalidade. O que significa, para si, um design intemporal?
O design intemporal mistura linhas elegantes com um toque de irreverência, sem nunca esquecer o conforto e a funcionalidade. Ao longo do tempo, houve diversos móveis que se tornaram ícones internacionais, são exemplo o sofá Chesterfield e as cadeiras Barcelona, de Mies van der Rohe; e a Eames Lounge, de Charles e Ray Eames. Uma boa parte destes reconhecidos modelos são sofás ou cadeiras, pelo que a razão da sua natureza parece óbvia: são móveis de desfrute, para serem vividos. Quando um criativo consegue materializar uma peça arrebatadora que, além de cativar o olhar, oferece um assento confortável e ergonómico, está a cumprir plenamente a sua função.
Neste seguimento, a Antarte mantém o ADN baseado no design intemporal, em cada coleção que cria. São peças que, em vez da exuberância de traços que ficam datados com o passar do tempo, apostam numa elegância que molda a alma dos espaços onde se inserem.
Qual é o elemento identitário da Antarte, comum a todo e qualquer modelo?
Há vários elementos comuns nas peças da Antarte, desde logo as proporções e linhas muito equilibradas, que transmitem sensações de conforto visual. Também existe uma paleta de tonalidades e materiais que, de certa forma, identificam os modelos da marca, como o carvalho natural, a nogueira, o palissandro e a criptoméria de floresta sustentável dos Açores. A qualidade de montagem e acabamentos são outras das características distintivas que os produtos transmitem.
A internacionalização é uma realidade da empresa, somando lojas próprias em Angola, Gana e Marrocos. Como é que se ajusta a atividade a diferentes países de atuação?
O passado colonial nos países africanos gerou um certo alinhamento com os padrões europeus, ao nível de gostos e preferências, daí não termos sentido a necessidade de criar linhas de produto específicas. Já nos Emirados Árabes Unidos, onde recentemente apostamos a nossa atividade, não funciona assim. Os sofás, por exemplo, devem ser maiores e as cadeiras e camas têm de apresentar determinadas especificidades.
«O uso de matérias-primas sustentáveis é imperativo»
De que modo é que a Antarte combina estética, funcionalidade e sustentabilidade em cada modelo?
Conjugar esses atributos numa peça de mobiliário é um verdadeiro desafio que a Antarte tem sabido materializar, em cada coleção. Para a marca, não faz sentido desenvolver peças com uma estética exuberante, se não se mostrarem confortáveis ou funcionais. Idealizar um design cativante, com capacidade de proporcionar conforto e ampla arrumação, está no ADN da empresa. Dou um exemplo: sentar num cadeirão ou poltrona da Antarte é um momento de conforto absoluto, numa peça com design apurado. E o uso de matérias-primas sustentáveis é imperativo numa marca que colocou a responsabilidade ambiental como um dos pilares da sua missão.
O Mário costuma referir que a marca é imbuída de intemporalidade. O que significa, para si, um design intemporal?
O design intemporal mistura linhas elegantes com um toque de irreverência, sem nunca esquecer o conforto e a funcionalidade. Ao longo do tempo, houve diversos móveis que se tornaram ícones internacionais, são exemplo o sofá Chesterfield e as cadeiras Barcelona, de Mies van der Rohe; e a Eames Lounge, de Charles e Ray Eames. Uma boa parte destes reconhecidos modelos são sofás ou cadeiras, pelo que a razão da sua natureza parece óbvia: são móveis de desfrute, para serem vividos. Quando um criativo consegue materializar uma peça arrebatadora que, além de cativar o olhar, oferece um assento confortável e ergonómico, está a cumprir plenamente a sua função.
Neste seguimento, a Antarte mantém o ADN baseado no design intemporal, em cada coleção que cria. São peças que, em vez da exuberância de traços que ficam datados com o passar do tempo, apostam numa elegância que molda a alma dos espaços onde se inserem.
Qual é o elemento identitário da Antarte, comum a todo e qualquer modelo?
Há vários elementos comuns nas peças da Antarte, desde logo as proporções e linhas muito equilibradas, que transmitem sensações de conforto visual. Também existe uma paleta de tonalidades e materiais que, de certa forma, identificam os modelos da marca, como o carvalho natural, a nogueira, o palissandro e a criptoméria de floresta sustentável dos Açores. A qualidade de montagem e acabamentos são outras das características distintivas que os produtos transmitem.
A internacionalização é uma realidade da empresa, somando lojas próprias em Angola, Gana e Marrocos. Como é que se ajusta a atividade a diferentes países de atuação?
O passado colonial nos países africanos gerou um certo alinhamento com os padrões europeus, ao nível de gostos e preferências, daí não termos sentido a necessidade de criar linhas de produto específicas. Já nos Emirados Árabes Unidos, onde recentemente apostamos a nossa atividade, não funciona assim. Os sofás, por exemplo, devem ser maiores e as cadeiras e camas têm de apresentar determinadas especificidades.
«O uso de matérias-primas sustentáveis é imperativo»