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Alexandre Fonseca

«A grande mudança seria a adoção de políticas convergentes intercontinentais que contribuíssem para a igualdade de oportunidades»

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Licenciado em Engenharia Eletrotécnica e de Computadores, pela Faculdade de Ciências de Lisboa, e mestre em Vendas e Gestão de Marketing, pelo Team View Institute, Alexandre Fonseca é, desde 2017, o presidente executivo de uma das maiores empresas portuguesas: a Altice. No seu currículo, que já conta com mais de 20 anos de experiência profissional, traz a passagem pela IBM, a fundação da Cabovisão, a liderança da Oni em Portugal e em Moçambique, em 2013, entre outros cargos. Atualmente, é também responsável executivo da ALTICE LABS – baseada em Portugal –, uma unidade de Investigação e Desenvolvimento para o Grupo Altice em todo o mundo. A juntar a isto, Alexandre tem presença assídua como orador nas áreas das telecomunicações, tecnologia e gestão, em várias conferências nacionais e internacionais.
 
Se lhe fosse possível eleger, quais seriam os momentos que mais marcaram o país e o mundo nestes últimos 20 anos?
São seis os momentos que elejo, pela sua dimensão mundial, no país e no setor das telecomunicações: 
2001: os ataques terroristas de 11 de setembro. Porque causaram a morte a cerca de três mil pessoas, mudaram o mundo e fizeram-nos refletir sobre a segurança e a forma como vivemos em comunidade.
2002:Portugal e os restantes estados-membros da União Europeia adotam a moeda única, o Euro.
2007: a primeira geração do iPhone. Não sendo o primeiro smartphone, revolucionou o mercado dos telemóveis e foi responsável por uma grande transformação tecnológica.
2011: o lançamento do programa Troika. Pela dimensão da crise económica que atingiu Portugal.
2017: a Altice revela a sua nova identidade e a estratégia de marca. Um momento que assinala o início de uma nova era no setor das telecomunicações.
2020: a inevitável referência à pandemia provocada pela COVID-19, que colocou o mundo em confinamento e a lutar contra uma crise sanitária global.

Profissionalmente, qual foi o momento mais decisivo para si nestas duas décadas?
A minha nomeação para presidente executivo da Altice Portugal, em novembro de 2017.

Qual seria, no seu entender, a grande mudança que o país e o mundo precisariam operar nos próximos 20 anos?
Diria que a grande mudança seria a adoção de políticas convergentes intercontinentais que contribuíssem para a igualdade de oportunidades, nomeadamente, no acesso ao digital. Esta mudança traria enormes consequências positivas para a sustentabilidade do globo e maior capacidade de rentabilização dos meios no acesso aos cuidados de saúde, à educação e à cultura. 
Maria Cruz
T. Maria Cruz
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