É de uma simplicidade e simpatia
contagiante. Em parcas palavras diríamos: 'o tipo porreiro do norte'. E foi o
norte que o viu nascer. José Manuel Fernandes, eurodeputado, natural de Moure,
Vila Verde, licenciou-se em Engenharia de Sistemas e Informática na
Universidade do Minho. Entrou na política em 1992, através da Juventude Social
Democrática (JSD) de Vila Verde e, no ano de 1997, foi eleito presidente de
Câmara de Vila Verde, cargo que exerceu durante três mandatos. A sua caminhada
é longa! É atualmente o presidente da Comissão Política Distrital do
Partido Social Democrata (PSD) de Braga e já foi cabeça-de-lista no seu
distrito em eleições para a Assembleia da República. Assumiu também a
presidência da Associação de Municípios do Vale do Cávado. O seu rosto não
passa despercebido. Desde 2009, é deputado ao Parlamento Europeu (PE). Hoje,
entre outras funções que exerce, é o coordenador do Partido Popular Europeu
(PPE) na Comissão dos Orçamentos. É por muitos conhecido como o «homem dos
dinheiros». Toma decisões. Diz ter como prioridade o emprego, as empresas e o
empreendedorismo. Os famosos três Es. Ei-lo aqui: descontraído e sem
rodeios.
De autarca em Vila Verde deu um salto para a União Europeia (EU). Porquê?
Estive 12 anos como presidente de Câmara em Vila Verde. Aceitei o desafio para integrar a lista do Parlamento Europeu (PE). Nas eleições de 2009, fui em 8.º lugar, numa lista liderada pelo Paulo Rangel, numa posição que à partida não era elegível. Mas a campanha foi evoluindo favoravelmente e fui eleito. Quando cheguei ao PE, a primeira coisa que me questionei foi: «o que é que vais fazer? Vais conseguir manter a proximidade que tinhas com o território e com as pessoas?» Um presidente de Câmara toma decisões que afetam de forma direta e imediata o seu território e a população local. Já um deputado ao PE lida com dossiers importantes, como os que tenho em mãos, que demorarão tempo a ser executados, mas têm um alcance de 500 milhões de cidadãos.
Foi eleito pelo PPE para coordenador na Comissão dos Orçamentos. Cinco anos de trabalho foram aí reconhecidos?
Sim, porque é um cargo que não é de nomeação. É um cargo em que só os pares é que votam. Fui eleito por unanimidade pelos meus colegas.
Encontra-se com dois dossiers muito importantes: o Orçamento para 2016 e o Plano Juncker?
São dois dossiers pesados. O Orçamento para 2016 da UE ascende a 145 mil milhões de euros e para o qual já aprovei as linhas de orientação gerais: emprego, empresas e empreendedorismo. Os três Es. O Plano Juncker é um fundo de 315 mil milhões de euros e é aquele que mais emendas de propostas de alteração teve por parte dos colegas. Foram mais de 3 mil propostas de alteração.
De autarca em Vila Verde deu um salto para a União Europeia (EU). Porquê?
Estive 12 anos como presidente de Câmara em Vila Verde. Aceitei o desafio para integrar a lista do Parlamento Europeu (PE). Nas eleições de 2009, fui em 8.º lugar, numa lista liderada pelo Paulo Rangel, numa posição que à partida não era elegível. Mas a campanha foi evoluindo favoravelmente e fui eleito. Quando cheguei ao PE, a primeira coisa que me questionei foi: «o que é que vais fazer? Vais conseguir manter a proximidade que tinhas com o território e com as pessoas?» Um presidente de Câmara toma decisões que afetam de forma direta e imediata o seu território e a população local. Já um deputado ao PE lida com dossiers importantes, como os que tenho em mãos, que demorarão tempo a ser executados, mas têm um alcance de 500 milhões de cidadãos.
Foi eleito pelo PPE para coordenador na Comissão dos Orçamentos. Cinco anos de trabalho foram aí reconhecidos?
Sim, porque é um cargo que não é de nomeação. É um cargo em que só os pares é que votam. Fui eleito por unanimidade pelos meus colegas.
Encontra-se com dois dossiers muito importantes: o Orçamento para 2016 e o Plano Juncker?
São dois dossiers pesados. O Orçamento para 2016 da UE ascende a 145 mil milhões de euros e para o qual já aprovei as linhas de orientação gerais: emprego, empresas e empreendedorismo. Os três Es. O Plano Juncker é um fundo de 315 mil milhões de euros e é aquele que mais emendas de propostas de alteração teve por parte dos colegas. Foram mais de 3 mil propostas de alteração.
Mas porquê a proposta dos três Es como
prioridade no Orçamento para 2016?
É uma pergunta interessante. Mostra por onde é que eu comecei: com a questão da
proximidade. Na última campanha eleitoral para o PE, há um ano, disse que iria
defender como prioridade os três Es. Dá-me um prazer especial que um
compromisso de campanha assumido com o território seja agora o compromisso para
500 milhões de eleitores.
«A longo prazo, a minha maior preocupação é a Rússia»