Cada presidente é um presidente. Marcelo Rebelo de Sousa tem sido muitos e, ao mesmo tempo, um só. Inteiro. O presidente dos afetos, o presidente das selfies. O presidente de todos os portugueses. Aquele que mudou tudo o que estava antes dele, sem desvirtuar as características a que o papel obriga. Marcelo, o professor, o constitucionalista, que também foi jornalista e depois comentador, imprimiu um novo estilo à Presidência da República. Próximo, informal, atento. Ao povo e aos seus governantes. Ao país, de lés a lés. Com o objetivo da estabilidade nacional bem vincado. Foi assim no primeiro mandato. Tem sido assim neste segundo. Há ainda muita história para contar, especialmente sobre o tal ‘jogo de cintura’ de que se terá de valer nos próximos tempos. Mas Marcelo é Marcelo. Para trás, nestes 20 anos, em que sempre se fez ouvir, fica um álbum de momentos únicos. Com furos aos protocolos, exemplos no combate à pobreza, com respostas certeiras e bem-humoradas, com os abraços de Pai da Nação. O homem que nunca deixou de o ser. É difícil haver unanimidade, mas Marcelo é um presidente diferente de todos os outros. Sempre igual a si mesmo.
Se lhe fosse possível eleger, quais seriam os momentos que mais marcaram o país e o mundo nestes últimos 20 anos?
No mundo, por um lado, a amplitude da revolução digital, e, por outro, a emergência, na juventude, da consciência aguda das questões climáticas e da pobreza estrutural. Em Portugal, para além destes desafios, o contraste entre o alargamento das qualificações dos jovens e o agravamento demográfico e o aprofundamento da clivagem etária, a somar a outras desigualdades subsistentes. Tudo num contexto de, manifestamente, insuficiente crescimento económico. Ademais, com duas crises, que, somadas, atingiram meia dúzia de anos.
Profissionalmente, qual foi o momento mais decisivo para si nestas duas décadas e qual o motivo de o destacar?
O ter testemunhado a ampla progressão de tantos alunos e discípulos na sua carreira académica.
Qual seria, no seu entender, a mudança mais urgente que o país e o mundo precisariam operar nos próximos 20 anos?
No mundo, passos mais sustentados e generalizados na paz, na justiça social – englobando o combate à miséria, à fome e às afrontosas discriminações e desigualdades –, no clima e, a tudo subjazendo, nos Direitos Humanos. Em Portugal, o aproveitamento de sete anos de fundos europeus para um país mais inclusivo, nos primeiros e não nos últimos do próximo ciclo económico, e muito mais qualificado nas pessoas em geral e nos mais jovens em particular.
Se lhe fosse possível eleger, quais seriam os momentos que mais marcaram o país e o mundo nestes últimos 20 anos?
No mundo, por um lado, a amplitude da revolução digital, e, por outro, a emergência, na juventude, da consciência aguda das questões climáticas e da pobreza estrutural. Em Portugal, para além destes desafios, o contraste entre o alargamento das qualificações dos jovens e o agravamento demográfico e o aprofundamento da clivagem etária, a somar a outras desigualdades subsistentes. Tudo num contexto de, manifestamente, insuficiente crescimento económico. Ademais, com duas crises, que, somadas, atingiram meia dúzia de anos.
Profissionalmente, qual foi o momento mais decisivo para si nestas duas décadas e qual o motivo de o destacar?
O ter testemunhado a ampla progressão de tantos alunos e discípulos na sua carreira académica.
Qual seria, no seu entender, a mudança mais urgente que o país e o mundo precisariam operar nos próximos 20 anos?
No mundo, passos mais sustentados e generalizados na paz, na justiça social – englobando o combate à miséria, à fome e às afrontosas discriminações e desigualdades –, no clima e, a tudo subjazendo, nos Direitos Humanos. Em Portugal, o aproveitamento de sete anos de fundos europeus para um país mais inclusivo, nos primeiros e não nos últimos do próximo ciclo económico, e muito mais qualificado nas pessoas em geral e nos mais jovens em particular.