Era consultor do Conselho de Administração do Banco de Portugal quando saiu para assumir a pasta das Finanças. Foi nesse cargo que conseguiu, em 2019, o que ninguém tinha alcançado em Democracia: um excedente orçamental. O feito valeu-lhe os títulos de «Ronaldo das Finanças» e «Súper Mário». Do currículo, entre tantas outras responsabilidades, fazem ainda parte as posições de presidente do Eurogrupo (2018 e 2020) e acionista por Portugal junto do Fundo Europeu de Estabilização Financeira. Entretanto, voltou ao lugar inicial, mas como governador do Banco de Portugal, função que exerce até hoje. Aconteça o que acontecer, Mário Centeno é, inegavelmente, um nome que já entrou para a História.
Se lhe fosse possível eleger, quais seriam os momentos que mais marcaram o país e o mundo nestes últimos 20 anos?
O caminho percorrido por Portugal e pela União Europeia refletiu-se na forma como coletivamente pudemos reagir ao surto pandémico e minimizámos as suas implicações para a economia e para a estabilidade financeira (nas dimensões pública e privada). Em Portugal, o termos atingido o equilíbrio de médio prazo nas contas públicas, no período anterior à crise, foi decisivo para esta capacidade de gerar um enquadramento estável. Esse foi o momento mais decisivo. Na Europa, governos, bancos centrais, reguladores financeiros e instituições comunitárias estiveram mais coordenados do que nunca. Tal não teria sido possível sem a redução de risco ocorrida entre 2015 e 2019.
Profissionalmente, qual foi o momento mais decisivo para si nestas últimas duas décadas?
Na última década, Portugal passou por uma profunda transformação económica. Também a União Europeia sofreu, nos últimos dez anos, uma evolução decisiva, com a definição do roteiro para completar a União Bancária Europeia, o aprofundamento da União de Mercado de Capitais e a criação de uma capacidade orçamental na Área do Euro. Tenho muito orgulho em ter participado nestes processos de transformação. Primeiro, como economista do Banco de Portugal, depois, como ministro das Finanças e presidente do Eurogrupo e, agora, como Governador do Banco de Portugal e membro do Conselho de Governadores do Banco Central Europeu.
Qual seria, no seu entender, a grande mudança que o país e o mundo precisariam operar nos próximos 20 anos?
A consolidação e a sustentabilidade da recuperação económica é um dos grandes desafios que Portugal e a Europa enfrentam. A transformação da última década e a resposta coordenada dada à pandemia criaram as condições para que essa recuperação decorra, garantindo a convergência entre as economias europeias e a redução das desigualdades sociais, tomando a necessidade de desenhar novas políticas para os novos desafios colocados pelas alterações climáticas e pela digitalização como fontes de oportunidade para construir uma Europa mais inclusiva.
Se lhe fosse possível eleger, quais seriam os momentos que mais marcaram o país e o mundo nestes últimos 20 anos?
O caminho percorrido por Portugal e pela União Europeia refletiu-se na forma como coletivamente pudemos reagir ao surto pandémico e minimizámos as suas implicações para a economia e para a estabilidade financeira (nas dimensões pública e privada). Em Portugal, o termos atingido o equilíbrio de médio prazo nas contas públicas, no período anterior à crise, foi decisivo para esta capacidade de gerar um enquadramento estável. Esse foi o momento mais decisivo. Na Europa, governos, bancos centrais, reguladores financeiros e instituições comunitárias estiveram mais coordenados do que nunca. Tal não teria sido possível sem a redução de risco ocorrida entre 2015 e 2019.
Profissionalmente, qual foi o momento mais decisivo para si nestas últimas duas décadas?
Na última década, Portugal passou por uma profunda transformação económica. Também a União Europeia sofreu, nos últimos dez anos, uma evolução decisiva, com a definição do roteiro para completar a União Bancária Europeia, o aprofundamento da União de Mercado de Capitais e a criação de uma capacidade orçamental na Área do Euro. Tenho muito orgulho em ter participado nestes processos de transformação. Primeiro, como economista do Banco de Portugal, depois, como ministro das Finanças e presidente do Eurogrupo e, agora, como Governador do Banco de Portugal e membro do Conselho de Governadores do Banco Central Europeu.
Qual seria, no seu entender, a grande mudança que o país e o mundo precisariam operar nos próximos 20 anos?
A consolidação e a sustentabilidade da recuperação económica é um dos grandes desafios que Portugal e a Europa enfrentam. A transformação da última década e a resposta coordenada dada à pandemia criaram as condições para que essa recuperação decorra, garantindo a convergência entre as economias europeias e a redução das desigualdades sociais, tomando a necessidade de desenhar novas políticas para os novos desafios colocados pelas alterações climáticas e pela digitalização como fontes de oportunidade para construir uma Europa mais inclusiva.