A Vida é Bela!
Maria do Céu Quintas
O que aumenta o valor do seu imóvel?
Agnieszka Kijonka
Do futuro do setor imobiliário
António Rebelo de Sousa
Economista
Tem sido
dito e redito que o Setor de Bens Transacionáveis representa o futuro das
economias apostadas no progresso económico e social. Com muitos argumentos
sólidos, embora correndo-se, em certos casos, o risco de alguma simplificação
analítica.
A área do
imobiliário é, naturalmente, associada ao Setor de Bens Não Transacionáveis ou,
se se quiser, ao Setor de Economia Doméstica, o que leva alguns analistas a
concluir, de forma um pouco redutora, pela sua condenação a prazo.
Ora, sem
entrar numa análise mais aprofundada, como seria, aliás, desejável – mas, que
as limitações de tempo e espaço desaconselham –, uma parte importante do
empresariado moderno já compreendeu que é preciso associar a construção de bens
imóveis à prestação de serviços.
Não basta,
hoje em dia, construir um condomínio de apartamentos de inegável qualidade: é,
também, fundamental garantir uma boa gestão desse mesmo condomínio, assegurar
uma grande diversidade de prestação de serviços ao domicílio – que poderá ir
das atividades de reparação, à limpeza, à restauração, à garantia de
arrendamento, se necessário for, aos seguros e à própria gestão energética – e
apostar, simultaneamente, na vertente turística.
Tão
importante como construir bem é criar uma rede de serviços que satisfaça o
cliente que adquire o apartamento ou a moradia que integra uma dada
urbanização.
E o sucesso numa evolução com estas características poderá permitir, ainda que
gradualmente, a conversão da área da construção numa atividade integradora do
Setor de Bens Transacionáveis.
Sem
criatividade não existirá, também, a indispensável adaptabilidade de um setor
relevante aos desafios do futuro.
Excesso de
otimismo?
Não creio
que assim seja.
Trata-se do
mais puro dos realismos.
Nem mais,
nem menos...