Eurico Castro Alves
Fernando Jorge Silva
Fernando Teles
PCA e PCE do Banco BIC
Fernando Mendes Teles é um dos decanos da banca angolana. Apesar de ser natural de Alvarenga, Arouca, Portugal, tem dupla nacionalidade. Afinal já soma 35 anos de Angola e 31 anos de Portugal. É licenciado em Organização e Gestão de Empresas pelo Instituto Universitário de Lisboa (Portugal) e bacharel em Contabilidade e Administração, pelo Instituto Superior de Contabilidade e Administração de Lisboa. O seu nome está intimamente ligado ao Banco BIC, uma vez que foi seu fundador e primeiro responsável, de 2005 a 2018. Já antes tinha estado à frente do BancoDE Fomento Angola, de 1992 a 2005. No curriculum ainda junta o cargo de diretor e quadro dos bancos de fomento nacional, BPI, Borges & Irmão e Banco de Crédito Comercial e Industrial, de 1966 a 1992. Gestor, sócio e contabilista de várias empresas ao longo da vida, deu, nos últimos anos, seguimento à paixão pela agricultura, trabalhando na sua Fazenda em Angola. Ainda hoje não dispensa a leitura diária dos jornais. E faz da pesca um dos seus hobbies de eleição.
O BIC é um dos grandes pilares em Angola, porquê?
O Banco BIC é um dos principais bancos angolanos, sendo o banco privado com maior rede comercial (227 agências), com presença em todas as províncias e 2060 trabalhadores.
Está há alguns anos no mundo bancário, mas tem outras atividades além desta. Quais são?
Devo ser o decano dos trabalhadores da banca em Angola, pois iniciei a atividade na banca em 1966, já lá vão 52 anos. Como empresário tenho investido também na agricultura, pecuária, construção, etc.
Disse numa recente entrevista que os portugueses são os parceiros ideais para os angolanos. Como é que os dois países poderiam estreitar ainda mais laços, de modo a vincar parcerias duradouras?
Angola e Portugal têm todo o interesse em estreitar as relações económicas. Para isso contribui a mesma língua, o conhecimento dos países por parte dos empresários e os séculos de relacionamento.
«Aos 66 anos estou cada vez mais ocupado, mas já seleciono mais o que desejo fazer!»
É um apaixonado pela agricultura, tendo já muito trabalho feito em Angola. Para si, o futuro de Angola vai passar pelo trabalho da terra?
A agricultura e a agroindústria são parte essencial do desenvolvimento futuro de Angola, pois poucos países no mundo têm as condições de clima e hídricas de Angola.
É mais difícil trabalhar com a terra ou trabalhar com o dinheiro?
São setores diferentes, mas qualquer um deles precisa de planeamento e gestão.
Pode revelar-nos os projetos que já está a desenvolver na área da agricultura, na sua Fazenda? E que novas ideias ainda lhe faltam implementar?
Há setores em fase cruzeiro: milho, soja, arroz, suinocultura, confinamento de bovinos e indústrias de rações e farinha. Está em início, a preparação da terra e plantas e a produção de café.
Que hobbies tem que o ajudam a aliviar o stresse do dia a dia?
Os hobbies são a economia, os jornais económicos e sociais, a pesca, os cavalos e o acompanhamento das atividades não bancárias.
Hoje é um homem mais ocupado do que há uns anos?
Aos 66 anos estou cada vez mais ocupado, mas já seleciono mais o que desejo fazer!