Júlio Magalhães
Joaquim Guerra
João de Sousa Rodolfo
Arquiteto e Fundador da Traçado Regulador
Considera que gostar muito do que se faz e ter sorte são fatores determinantes para se construir uma carreira de sucesso. João de Sousa Rodolfo, para além de ter tido um longo percurso como docente universitário, é arquiteto há mais de 30 anos, experiência que tem sido uma mais-valia na sua reconhecida prática profissional. Como fundador da Traçado Regulador, fala-nos nos muitos projetos que tem em carteira, principalmente na área residencial, porque, embora no seu curriculum tenha projetos nas mais diversas áreas, a opção foi ditada pelas solicitações do mercado.
É conhecido o seu já extenso percurso profissional. Que papel atribui ao fator ‘experiência’ na prática profissional do arquiteto?
O projeto de um edifício é uma realidade muito complexa, com a intervenção de diversas especialidades e com uma envolvente legal constituída por centenas de diplomas legais. A tudo isto há que adicionar o local, o programa, o orçamento e a criatividade. A experiência de uma prática diária com mais de 30 anos é uma mais-valia preciosa na correta gestão do processo de conceção.
Num momento de grande atividade no setor e num mercado aberto, que importância atribui à qualidade do projeto e como a define?
Devemos encarar o projeto como quem encara uma intervenção cirúrgica, isto é, um meio para atingir um fim bem mais valioso. A qualidade tem um custo associado. Poupar nessa qualidade pode ter um resultado desastroso.
«A qualidade tem um custo associado. Poupar nessa qualidade pode ter um resultado desastroso»
A sua empresa, a Traçado Regulador, virou-se para o mercado residencial. Porquê a opção por este tipo de projetos?
A Traçado Regulador tem no seu curriculum projetos nas mais diversas áreas. As nossas opções são ditadas pelas solicitações do mercado e a opção pelo residencial resulta do momento de grande dinamismo que vivemos nesse setor. Os setores onde desenvolvemos presentemente a maioria dos nossos projetos são o das moradias e o da reabilitação de edifícios.
A Traçado Regulador tem neste momento em carteira um vasto conjunto de projetos. A que fatores atribui o sucesso da sua empresa?
Para se ter sucesso é preciso gostar muito daquilo que se faz. Esse é o nosso caso. Depois, é preciso ter sorte. O meu percurso é um percurso de sorte: tive a sorte de construir uma carreira profissional como arquiteto e como docente universitário; de gostarem dos meus projetos; de reconhecerem o meu trabalho e de me fazer rodear por uma equipa de excelentes pessoas e de excelentes profissionais, cujos nomes faço questão de mencionar: Alexandra Moreira, Paulo Mendes, Nuno Duarte, Tomás Amaral, Stefania Stellacci, Lara Oliveira, João Louro, Filipa Cruz e Gonçalo Torres.
Depois de ultrapassada a crise na construção civil, e de todos os setores a ela associados, quais as perspetivas para a Traçado Regulador a curto e médio prazo?
A curto e médio prazo a Traçado Regulador tem em carteira projetos que lhe permitem encarar o futuro com otimismo. Contudo, este é um setor muito vulnerável às crises financeiras. Deste modo a via para a sustentabilidade passa pelo alargamento do mercado, isto é, pela internacionalização.