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José António Nunes (Zé Tó)

Proprietário do Solar Dos Nunes

José António Nunes nasceu em Lisboa, ainda que a sua costela alentejana esteja sempre presente naquilo que é e faz. Zé Tó, como é conhecido, frequentou o curso de Arquitetura e o pai até lhe prometeu um Mercedes azul da cor do céu, caso terminasse o curso, mas o desejo de dar seguimento ao sonho da família falou mais alto. O Solar dos Nunes abriu portas há 30 anos, na Rua dos Lusíadas, em Lisboa, e aí se mantém, firme e conhecido por todos. Houve e haverá algumas mudanças, novos projetos, mas a identidade e o espírito do Solar dos Nunes serão sempre os mesmos.

José António Nunes (Zé Tó)
Quando, em 1988, o Solar Dos Nunes abriu portas era um sonho antigo a concretizar-se?
O Solar dos Nunes abriu as suas portas  em outubro de 1988: um sonho tornado realidade, desde que eu, Zé Tó, decido que a minha paixão e dar seguimento ao negócio de meus pais, em detrimento da carreira de arquitetura, curso que frequentava na altura, apesar das promessas de meu pai de me oferecer «um Mercedes azul da cor do céu, se terminasse o curso». Incentivei o Sr. Meu Pai a ficar com um espaço na Rua dos Lusíadas, onde ainda hoje funciona o restaurante. Um Sonho, uma ‘Arquitetura’, sendo que a família, os meus pais, foram os alicerces da construção desta nossa pequena grande casa.

O que mudou nestes 30 anos de atividade?
As mudanças acontecem todos os dias. O Solar dos Nunes, como empresa familiar, surge como um ideal. Existe um vínculo emocional forte, por fazer parte de um projeto levado a cabo com o Sr. Meu Pai. Contudo, e ainda no seu tempo de gestão, procurámos ir evoluindo de acordo com as necessidades e exigências dos nossos clientes e amigos, não desvirtualizando ‘aquilo’ que caracteriza o Solar dos Nunes.
«Existe um vínculo emocional forte, por fazer parte de um projeto levado a cabo com o Sr. Meu Pai»
Porquê apostar na gastronomia tipicamente portuguesa, especialmente na cozinha alentejana?
A aposta na cozinha tipicamente portuguesa, e sobretudo alentejana, não foi mais do que apostar nos pratos que a Sra. Minha Mãe cozinhava em casa. Sou oriundo (por parte da mãe) do Alentejo e um apaixonado pela grande simplicidade e riqueza da cozinha alentejana. A cozinha alentejana é simples, mas imaginativa. Desafio lançado: umas fatias de pão duro, alhos, azeite, sal, coentros e água a ferver... (falo-vos da Açorda de Alho Alentejana), o meu prato favorito e considerado por muitos como uma iguaria ímpar! 

‘Quase toda a gente’ com visibilidade nacional e internacional já veio ao Solar Dos Nunes. Sente-se orgulhoso?
Sim, sinto-me orgulhoso e lisonjeado por poder receber e servir pessoas com visibilidade nacional e internacional, mas acima de tudo sinto-me muito orgulhoso por poder receber e servir todas as pessoas/amigos. Servir é a nossa jornada e é uma arte feita de humildade e de coração. Como dizia o meu pai, «Fidelidade de Bem Servir».

Há algum projeto, relacionado com o restaurante, que queira levar avante a curto/médio prazo?
Há alguns projetos na calha, e a concretização de um para breve, que será uma surpresa para os clientes e amigos do Solar. De referir – e porque não o temos divulgado – um dos projetos que iniciámos num passado recente: a prestação de serviços de catering, que vai desde um jantar em sua casa a eventos até 1200 pessoas (sejam particulares ou corporate).

T. Maria Amélia Pires
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