O luxo tem um propósito
João Trincheiras
A essência do luxo no Turismo
Rita Andrade
Os extremos juntam-se
José Manuel Fernandes
Eurodeputado, professor e político português
O Parlamento Europeu aprovou o orçamento da União Europeia para 2020, com um montante de 168,688 milhões de euros. Foi uma negociação difícil. O Conselho (Estados Membros) propunha um corte de 1,500 milhões de euros face à proposta inicial da Comissão. Mas, no final, o Parlamento conseguiu chegar a um acordo que acresce 450 milhões àquela proposta.
Na negociação, reforçámos em 850 milhões de euros as prioridades do Partido Popular Europeu: uma clara aposta na investigação e na luta contra o cancro, com mais 302 milhões de euros para o Horizonte 2020; um reforço do apoio à juventude, nomeadamente através do Erasmus +, da Iniciativa Emprego Jovem, do DiscoverEU e do Mecanismo Interligar a Europa; uma contribuição sem precedentes para o combate às alterações climáticas, na ordem dos 500 milhões de euros.
Enquanto membro da equipa de negociação do orçamento da UE para 2020, tenho consciência do dever cumprido. O PPE e o PSD têm trabalhado, em Portugal e na Europa, para conseguirem um bom financiamento para o país.
Portugal receberá mais de 13 milhões de euros por dia deste orçamento, em que assenta a quase totalidade do investimento público no país ao longo destes anos de governação socialista, que incompreensivelmente retirou essa capacidade ao Orçamento do Estado português.
Não admira que tenhamos ficado a saber, há poucos dias, que o nosso país é o terceiro Estado-Membro da União com menos investimento público per capita. Apesar disso, mais uma vez, a extrema-direita e a extrema-esquerda votaram contra o orçamento da UE. Em Portugal, o Partido Comunista e o Bloco de Esquerda apoiam um governo que negligencia o investimento público, a ponto de estarmos a níveis inferiores aos do tempo da troika. Na Europa, por puro preconceito ideológico, votam contra o investimento europeu no nosso país e tentam impedir o apoio às PME e à formação profissional, ao Erasmus e à investigação, ao emprego jovem e à modernização da nossa saúde, da nossa educação e dos nossos transportes. Os extremos juntam-se.