De um Modelo Condicionado
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Mais Europa
José Manuel Fernandes
Eurodeputado, Professor e Político Português
A pandemia e a guerra provocada pela Rússia, tornaram – ainda mais – evidente a urgência da autonomia estratégica da União Europeia. A reação da UE à pandemia foi rápida e eficaz, tendo a Comissão Europeia adquirido e distribuído vacinas por todos os Estados-membros. Teria sido um desastre a competição na compra das vacinas. Para além da escalada de preços que teria provocado, os Estados-membros mais ricos seriam os primeiros a vacinar os seus cidadãos. O sucesso da UE aconteceu apesar da saúde ser uma competência nacional. É evidente que a UE precisa de reforçar esta competência para decidir rapidamente e de forma coerente. Temos de reforçar o investimento comum na investigação científica, na produção de medicamentos e de equipamentos de saúde.
Numa decisão histórica, a UE endividou-se para financiar os Estados-membros de forma a que respondessem às consequências económicas negativas resultantes da pandemia. Para além disso, criaram-se soluções comuns para se financiar a proteção do emprego dos cidadãos. A UE reagiu com celeridade, promovendo respostas comuns através de ações concretas e solidárias. A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, tem-se revelado competente e corajosa, enquanto que o Parlamento Europeu funcionou ininterruptamente e de forma célere e o Conselho conseguiu decisões que exigem unanimidade.
Em relação à guerra provocada pela Rússia na Ucrânia, a reação das instituições europeias tem sido rápida e positiva. Financiamos a ajuda humanitária e o acolhimento dos refugiados. Apoiamos financeiramente a Ucrânia e a compra de armas para se proteger. Aprovamos duras sanções económicas à Rússia. Esta guerra tornou evidente as nossas debilidades como a nossa dependência energética, mostrou a necessidade de reforçarmos os orçamentos nacionais de defesa e de coordenarmos as nossas forças militares. Na Ucrânia, tem sido um privado, Elon Musk, a oferecer os seus satélites para as comunicações que se têm mostrado cruciais. Isto não faz sentido porque a UE tem capacidade para reforçar a sua soberania. O problema é que os nossos governantes olham em demasia para o seu umbigo, não antecipam, nem previnem. Se tivéssemos agido não precisávamos de reagir. Todos sabiam que Putin não era confiável. Mesmo assim, decidiram comprar energia à Rússia, porque era mais barata, ficando dependentes. Hoje, ainda hoje, compramos por dia à Rússia cerca de 1000 milhões de euros em energia. Estamos a financiar as armas do Sr. Putin. Para acabar com a guerra, temos de acabar com as importações de energia da Rússia.
Para mantermos a nossa segurança, qualidade de vida e estado social, precisamos de uma UE forte, autónoma, rápida a decidir e com mais competências.
Numa decisão histórica, a UE endividou-se para financiar os Estados-membros de forma a que respondessem às consequências económicas negativas resultantes da pandemia. Para além disso, criaram-se soluções comuns para se financiar a proteção do emprego dos cidadãos. A UE reagiu com celeridade, promovendo respostas comuns através de ações concretas e solidárias. A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, tem-se revelado competente e corajosa, enquanto que o Parlamento Europeu funcionou ininterruptamente e de forma célere e o Conselho conseguiu decisões que exigem unanimidade.
Em relação à guerra provocada pela Rússia na Ucrânia, a reação das instituições europeias tem sido rápida e positiva. Financiamos a ajuda humanitária e o acolhimento dos refugiados. Apoiamos financeiramente a Ucrânia e a compra de armas para se proteger. Aprovamos duras sanções económicas à Rússia. Esta guerra tornou evidente as nossas debilidades como a nossa dependência energética, mostrou a necessidade de reforçarmos os orçamentos nacionais de defesa e de coordenarmos as nossas forças militares. Na Ucrânia, tem sido um privado, Elon Musk, a oferecer os seus satélites para as comunicações que se têm mostrado cruciais. Isto não faz sentido porque a UE tem capacidade para reforçar a sua soberania. O problema é que os nossos governantes olham em demasia para o seu umbigo, não antecipam, nem previnem. Se tivéssemos agido não precisávamos de reagir. Todos sabiam que Putin não era confiável. Mesmo assim, decidiram comprar energia à Rússia, porque era mais barata, ficando dependentes. Hoje, ainda hoje, compramos por dia à Rússia cerca de 1000 milhões de euros em energia. Estamos a financiar as armas do Sr. Putin. Para acabar com a guerra, temos de acabar com as importações de energia da Rússia.
Para mantermos a nossa segurança, qualidade de vida e estado social, precisamos de uma UE forte, autónoma, rápida a decidir e com mais competências.