Júlio Magalhães
Alison Buechner e Kerstin Buechner
Kalú Ferreira
Músico
É o eterno baterista dos Xutos & Pontapés, aquele que grita bem alto «ai a minha vida» no famoso tema Dia de S. Receber. Entrou na banda através de um anúncio de jornal, em 1979, e desde então já se passaram quatro décadas ao serviço da música portuguesa, tendo também integrado o Palma’s Gang, de Jorge Palma, e lançado um disco a solo. Há ainda uma veia de empresário a ter em conta, com duas casas míticas no currículo, ambas ligadas à música: o saudoso Johnny Guitar, em Lisboa, e o atual Hard Club, no Porto. E fica a revelação: se os Led Zeppelin quiserem voltar aos palcos, têm aqui um bom baterista.
O que se faz para manter uma banda unida durante tantos anos?
A banda mantém-se durante quase 40 anos com muito respeito, amizade e cedências de parte a parte de todos os elementos. Todas as opiniões são válidas.
Uma pergunta inevitável: como tem sido ensaiar, gravar e estar em palco sem o Zé Pedro?
Tem sido um vazio enorme, não só pelo aspeto musical, onde o Zé era uma peça fulcral na execução e na performance dos nossos temas, como no desenvolvimento dos temas novos, já sem falar em todo o alento que sempre nos deu e que originou o nosso sucesso. Era um lutador e um positivista.
Qual seria a banda, do passado ou da atualidade, com a qual gostaria de fazer uma digressão?
Adorava ter feito uma tour com os Led Zeppelin, sem dúvida a maior banda de rock’ n’roll de sempre – na minha opinião, claro. No presente, gostava de tocar com os Foo Fighters, nem que fosse um compasso.
«Adorava ter feito uma tour com os Led Zeppelin, sem dúvida a maior banda de rock’ n’roll de sempre»
O Hard Club tem aproveitado a dinâmica que se tem vivido no Porto?
Sem dúvida. Temos aproveitado e estamos constantemente a criar novos pontos de interesse para que todos os visitantes e clientes sintam uma dinâmica evolutiva todos os dias, sem que o Hard Club se torne enfadonho. Falamos, obviamente, tanto da programação das salas de espetáculo como do restaurante. Concertos, exposições e feiras interessantes para todos os públicos e ementas renovadas, indo ao encontro dos sabores da nossa cidade e do público.
Sendo certo que os festivais têm ganho protagonismo no panorama musical, qual a estratégia de uma sala como o Hard Club para se afirmar no circuito de concertos?
O campeonato do Hard Club é o outono/inverno. Quando se torna de todo impraticável fazer concertos ao ar livre, tornamo-nos nós, para os promotores, num local de grande interesse para a realização desses concertos devido, sem dúvida, às ótimas condições e equipamento que possuímos. Mas também estamos, cada vez mais, a investir com sucesso no setor do corporate, com a realização de vários eventos, tais como colóquios, jantares, apresentações de marcas, etc. O nosso espaço tem, sem dúvida, características muito especiais e apetecíveis para os organizadores de eventos.