Da mulher portuguesa
António Rebelo de Sousa
Ser mulher: ser perfeita com o melhor das imperfeições
Ana Baleizão
O papel da mulher no luxo
Mónica Seabra-Mendes
Especialista em gestão do luxo
O
luxo desenvolve-se, tradicionalmente, em sociedades de paz, economicamente desenvolvidas
e femininas. A mulher sempre foi o motor de desenvolvimento do luxo, quer como
cliente, quer como prescritora e influenciadora, quer como destinatário último
de muitos objetos de exceção. O luxo, diria, é um universo feminino.
Do outro lado do espetro, junto das marcas e dos negócios, o luxo é, contudo, feito por homens. Na área criativa, ainda conseguimos identificar um punhado de nomes femininos relevantes, sendo que a maioria pertence a marcas homónimas, mas, na área da gestão do negócio, precisamos pouco mais do que os dedos de uma mão para identificar mulheres com proeminência.
Na direção criativa, identificamos as pioneiras Gabrielle Chanel, Elsa Schiaparelli, Jeanne Lanvin, Nina Ricci, Estée Lauder, Helena Rubinstein e Madeleine Vionnet, entre outras. As que se seguiram, Diane von Fürstenberg, Vivienne Westwood, Carolina Herrera, Sonia Rykiel, Donna Karan e Miuccia Prada, e as mais atuais, Victoria Beckham e Stella McCartney, entre outras. Existem ainda mulheres na direção criativa de marcas conhecidas com a Phoebe Philo, a Sarah Burton e a Maria Grazia Chiuri, a mais proeminente de todas, por estar à frente da direção criativa de uma das marcas de luxo mais importantes do mundo, a DIOR, e por ser a primeira mulher, em 78 anos, a ocupar este lugar na marca.
Na liderança dos negócios, destaco, na marca Burberry, duas exceções femininas: Rosa Bravo e Angela Ahrendts. Ambas ajudaram, com brilhantismo, a reposicionar e renovar a marca, devolvendo-lhe a proeminência histórica. No passado, podemos ainda lembrar o papel de Wanda Ferragamo, que ficou à frente da marca Ferragamo, aquando da precoce morte do seu marido, e o papel precursor de Natalie Massenet, fundadora da plataforma de venda de luxo online | Net à Porter. Na tradicional Chanel, destaco as duas últimas líderes mulheres, a Maureen Chiquet, que liderou por nove anos a marca, e a mais recente aquisição, a indiana Leena Nair, que veio substituir Maureen. A tendência de trazer mulheres para a liderança das marcas de luxo parece, contudo, reforçar-se com a contratação de Isabelle Guichot, para liderar os destinos da Balenciaga, e de Ilaria Resta, para os destinos da marca de alta relojoaria Audemars Piguet.
Ainda que os líderes dos conglomerados de luxo Bernard Arnault e François Pinault tenham afirmado publicamente o objetivo e a necessidade de reforçar as lideranças femininas nas suas estruturas, a realidade é que, no luxo – universo eminentemente feminino –, as mulheres são sobretudo objeto e não sujeito. Sujeito de criatividade, sujeito de liderança e sujeito de mudança.
Do outro lado do espetro, junto das marcas e dos negócios, o luxo é, contudo, feito por homens. Na área criativa, ainda conseguimos identificar um punhado de nomes femininos relevantes, sendo que a maioria pertence a marcas homónimas, mas, na área da gestão do negócio, precisamos pouco mais do que os dedos de uma mão para identificar mulheres com proeminência.
Na direção criativa, identificamos as pioneiras Gabrielle Chanel, Elsa Schiaparelli, Jeanne Lanvin, Nina Ricci, Estée Lauder, Helena Rubinstein e Madeleine Vionnet, entre outras. As que se seguiram, Diane von Fürstenberg, Vivienne Westwood, Carolina Herrera, Sonia Rykiel, Donna Karan e Miuccia Prada, e as mais atuais, Victoria Beckham e Stella McCartney, entre outras. Existem ainda mulheres na direção criativa de marcas conhecidas com a Phoebe Philo, a Sarah Burton e a Maria Grazia Chiuri, a mais proeminente de todas, por estar à frente da direção criativa de uma das marcas de luxo mais importantes do mundo, a DIOR, e por ser a primeira mulher, em 78 anos, a ocupar este lugar na marca.
Na liderança dos negócios, destaco, na marca Burberry, duas exceções femininas: Rosa Bravo e Angela Ahrendts. Ambas ajudaram, com brilhantismo, a reposicionar e renovar a marca, devolvendo-lhe a proeminência histórica. No passado, podemos ainda lembrar o papel de Wanda Ferragamo, que ficou à frente da marca Ferragamo, aquando da precoce morte do seu marido, e o papel precursor de Natalie Massenet, fundadora da plataforma de venda de luxo online | Net à Porter. Na tradicional Chanel, destaco as duas últimas líderes mulheres, a Maureen Chiquet, que liderou por nove anos a marca, e a mais recente aquisição, a indiana Leena Nair, que veio substituir Maureen. A tendência de trazer mulheres para a liderança das marcas de luxo parece, contudo, reforçar-se com a contratação de Isabelle Guichot, para liderar os destinos da Balenciaga, e de Ilaria Resta, para os destinos da marca de alta relojoaria Audemars Piguet.
Ainda que os líderes dos conglomerados de luxo Bernard Arnault e François Pinault tenham afirmado publicamente o objetivo e a necessidade de reforçar as lideranças femininas nas suas estruturas, a realidade é que, no luxo – universo eminentemente feminino –, as mulheres são sobretudo objeto e não sujeito. Sujeito de criatividade, sujeito de liderança e sujeito de mudança.